Para garantir a alimentação básica mensal, uma família paulistana gastou, em média, 1,83% a mais nas compras no mês de maio, conforme demonstra estudo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA). Se comparado ao mês de maio do ano passado, o gasto com a alimentação foi 6,05% maior, demonstrando que o reajuste de preços dos alimentos foi superior ao IPCA total de 3,60% no período.
O estudo do IEA detectou que, em maio, o grupo formado por produtos de origem animal registrou o maior aumento, de 1,94%, entretanto os ovos tiveram uma queda de 1,82% nos preços. Em relação aos cortes de carnes, destacam-se neste mês os aumentos do acém e do coxão duro, com alta de 4,14% e 3,37%, respectivamente, em relação ao mês passado.
Os produtos vegetais tiveram um aumento de 1,73%, com destaque para o preço do pacote de feijão, que subiu 7,37% em relação a abril. De acordo com os pesquisadores da Secretaria que atuam no IEA, Vagner Azarias Martins, Priscilla Rocha Silva Fagundes e Celso Luís Rodrigues Vegro, a alta se deve à menor oferta do produto, pois está em curso a menor das três safras anuais da leguminosa.
“Outro fator é que a safra paranaense de feijão, importante para o abastecimento nesse período, foi afetada pelas excessivas precipitações especialmente a partir da segunda quinzena de maio. Reflexo similar ocorreu no atacado, com a oscilação dos preços imediatamente sendo repassada ao comércio varejista”, explicaram.
O café em pó, produto presente em grande parte dos lares paulistanos, também aumentou 5,03%, devido à estiagem prolongada no norte do Espírito Santo, segundo maior Estado produtor do grão. “O fenômeno responsável pela escassez de oferta do produto para as torrefadoras que passaram a disputar os poucos lotes oferecidos ao mercado”, analisaram os pesquisadores.
Entre as frutas, que ficaram, em média, 1,68% mais caras em maio, o preço da laranja subiu 0,78%. Nas hortaliças, o aumento foi de 2,03%, com destaque para os 10% de aumento no preço da batata e 9,83% no valor da cebola, motivados pelas chuvas ocorridas em parte do mês de maio. O estudo completo está disponível aqui.
O acompanhamento dos preços no varejo realizado pelo IEA é um importante serviço à sociedade, porque permite ao consumidor planejar melhor seus gastos com alimentação, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim. “Disponibilizar o conhecimento gerado pelos institutos de pesquisa paulista à população e ao setor produtivo é uma das diretrizes do governador Geraldo Alckmin para a Pasta”, afirmou.
Por: Paloma Minke