Dos 1.218 contratos, no valor de R$3,14 milhões, concedidos pelo FEAP/BANAGRO (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista – O Banco do Agronegócio Familiar) para financiamento de custeio da cultura de mandioca para fins industriais, 67% dos produtores não conseguiram saldar suas dívidas. Diante dessa situação, verificou-se que 40,5% dos produtores não voltaram mais a plantar mandioca e 62,2% passaram a se dedicar à produção de leite.
É o que mostra artigo do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, publicado na última edição da revista “Informações Econômicas”, já disponível na internet. O estudo a analisou laudos de acompanhamento técnico realizados em 2001, bem como os dados de levantamento de campo realizado no período de setembro de 2010 a março de 2011 junto aos produtores assentados sob a jurisdição do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), na região paulista do Pontal do Paranapanema, por representarem 57,6% dos tomadores de crédito.
Segundo o estudo, a maioria dos produtores familiares não conseguiu renda suficiente para quitar o financiamento. Os motivos pelos quais os produtores se tornaram inadimplentes, mesmo aqueles que produziram, foram os baixos preços praticados na época e problemas na comercialização.
Outros destaques
Estudo sobre a produção de amendoim e a expansão da cana-de-açúcar na Alta Paulista aponta tendência de redução e possibilidade de eliminação da safra da seca do amendoim e concentração da produção na safra das águas; portanto, um rearranjo produtivo com características diferenciadas em cada uma das dez regionais observadas. Ao mesmo tempo, os autores verificaram que os volumes de produção do amendoim não apresentam comportamento vinculado às novas áreas de cana-de-açúcar. “Dessa forma, é possível inferir que a mudança no ambiente de produção e na renovação de pastagem para renovação de canaviais não tem relação direta com a quantidade produzida de amendoim nas regionais observadas.”
Outro trabalho relata a criação de índice próprio para os reajustes dos preços das resinas de pinus. Os índices calculados mostram que esses produtos tiveram um crescimento dos preços e das quantidades durante o início do último quinqüênio, contribuindo para que essas atividades se transformassem numa fonte de geração de renda da agricultura regional. O índice captou, para os anos de 2008 e 2009, uma queda nas cotações como um dos reflexos da crise econômica, para só dar sinais de recuperação, quando houve literalmente uma explosão nas cotações do produto, em função das perspectivas favoráveis para 2010. No entanto, essas cotações favoráveis começaram a arrefecer no início de 2011.
Outro destaque é o artigo sobre a expansão da cultura de soja no Brasil, na perspectiva de a produção de biodiesel ser configurada pelo sistema agroindustrial da aleaginosa. “A distribuição regional da agroindústria de óleos vegetais e da capacidade autorizada de produção de biodiesel demonstram a dependência do biocombustível em relação à sojicultura e a seu sistema agroindustrial”, dizem os autores. O padrão atual de crescimento da produção de soja é baseado na contribuição da área, com a aleaginosa se sobressaindo em relação a todos os cultivos.
Link: íntegra da edição de junho da revista Informações Econômicas
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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