O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor, encerrou janeiro de 2010 com alta de 1,15%, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Foi puxado pelo índice de produtos de origem vegetal, com aumento de 1,69%, já que o índice de produtos animais apresentou queda de 0,17%. Com a exclusão da cana-de-açúcar do cálculo, tanto o índice geral quanto o índice de produtos vegetais terminaram o mês com variação positiva bem menor, respectivamente de 0,16% e 0,48%.
No acumulado de 12 meses, os índices geral e de produtos vegetais mantiveram a variação positiva (altas respectivamente de 11,91% e 19,26%). Já o índice de produtos animais atingiu, no período de um ano, retração de 5,40%. “Isso implica que os preços agropecuários subiram mais que a inflação oficial mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), calculado pelo IBGE, que acumulou elevação de 4,59% durante igual período; isso, dada a significativa alta dos preços vegetais, puxados pela cana-de-açúcar, ainda que os preços animais tenham recuado”, dizem os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez e Danton Leonel de Camargo Bini.
Em janeiro, comparado com o mês anterior, as altas mais acentuadas foram verificadas nos preços da batata (17,88%); da laranja para mesa (17,43%); do arroz (8,96%); do algodão (4,79%) e da laranja para indústria (2,84%). A dificuldade na colheita e no transporte da batata, devido às chuvas, solo encharcado, estradas vicinais alagadas e também ao final da safra atual, levou ao aumento nos preços, explicam os analistas do IEA.
No caso da laranja de mesa, a entrada do verão, que elevou o consumo de sucos, resultou na recuperação das cotações, para além do que foi atingido o final de safra, fato refletido também na laranja para indústria, dizem os técnicos. Já a alta no preço do arroz reflete o excesso de chuva, que provocou perda em torno de 15% na safra do Rio Grande do Sul. As enchentes atingiram as principais regiões daquele Estado produtor, que tem grandes extensões de cultivo irrigado.
O preço do tomate continua em queda devido à supersafra, afirmam os pesquisadores. “Isto proporciona o retorno de seus preços a níveis mais compatíveis, com seus padrões normais de variação sazonal; porém tem-se expectativa de aumentos de preços devido às fortes chuvas.”
Já as cotações da soja recuaram, depois de anunciada safra recorde, com crescimento de 30%, associado ao início da colheita, mostra a análise do IEA. “No caso da banana, a primavera quente e excepcionalmente úmida favoreceu a formação dos cachos, aumentando a sua oferta em período de maior entrada de frutas no mercado, com grande concorrência entre elas e conseqüente redução de preços, aliado ao menor consumo devido ao início das férias escolares.”
Link: íntegra da análise do Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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