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Agronegócio: superávit da Balança Comercial Paulista sobe 22% e fecha em US$ 9,61 bilhões

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado é de 41,7%, enquanto as importações respondem por 8%.

De janeiro a setembro de 2020, o agronegócio paulista registrou superávit de US$ 9,61 bilhões, o que corresponde a um aumento de 22,1%, em relação ao mesmo período de 2019, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA). O montante é resultado de acréscimo de 11,3% nas exportações, que somaram US$ 12,65 bilhões, e da queda de 13,1% nas importações, que totalizaram US$ 3,04 bilhões.

O desempenho do agronegócio é importante para reduzir o déficit da balança comercial do Estado de São Paulo, explicam Carlos Nabil Ghobril, José Alberto Angelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, pesquisadores do IEA. No período analisado, as exportações totais do Estado somaram US$ 30,34 bilhões, valor 17% inferior ao obtido em 2019. As importações também em queda (-15,8%) fecharam em US$ 37,83 bilhões, resultando em um déficit comercial de US$7,49 bilhões. “O déficit do comércio exterior paulista seria muito mais elevado se não contasse com o desempenho do agronegócio estadual”, afirmam os pesquisadores.

Os principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram: Complexo Sucroalcooleiro (US$ 4,32 bilhões sendo que desse total o açúcar representou 85% e o álcool 15%), Complexo Soja (US$ 1,87 bilhão), Carnes (US$ 1,67 bilhão, em que a carne bovina respondeu por 86,3%), Produtos Florestais (US$ 1,15 bilhão, com participações de 49,7% de papel e 38% de celulose) e Sucos (US$989,87 milhões, dos quais 96,8% referentes a sucos de laranja). Esses cinco agregados representaram 79% das vendas externas setoriais paulista.

Deste, o Complexo Sucroalcooleiro é o que apresenta maior participação (34,1%) nas exportações paulistas. No total, o grupo cresceu 43,2% em valores e 55,6% em volumes exportados, devido ao bom desempenho das vendas externas do açúcar (57,5% em valores e 61,4% em volume). Para o álcool, os embarques apresentaram aumento de 10,5% em volume e queda de -5,7% em valores, quando comparados com o mesmo período de 2019.

Os principais destinos das exportações do agronegócio paulista, em 2020, foram: China (US$ 3,14 bilhões, 24,8% de participação); União Europeia (US$ 1,94 bilhão, 15,4% de participação) e Estados Unidos (US$ 1,14 bilhão, participação de 9%). Na sequência, completando os dez principais destinos, aparecem Indonésia (2,7%), Coréia do Sul (2,7%), Bangladesh (2,6%), Índia (2,4%), Arábia Saudita (2,3%), Argélia (2,1%) e Nigéria (1,8%).

Balança Comercial do Brasil

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 42,19 bilhões no período de janeiro a setembro de 2020, com exportações de US$ 156,52 bilhões e importações de US$ 114,33 bilhões. Na análise setorial, as exportações do agronegócio apresentaram alta (7,5%) em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando US$ 77,89 bilhões. Já as importações recuaram 10,7% no período, registrando US$ 9,18 bilhões (8,0% do total nacional), resultando em um superávit de US$ 68,71 bilhões.

Em relação aos destinos das exportações do agronegócio brasileiro, a liderança permanece com a China (US$ 28,66 bilhões, 36,8% de participação); seguida pela União Europeia (US$ 12,62 bilhões, 16,2% de participação); Estados Unidos (US$ 4,90 bilhões, 6,3% de participação); Japão (US$ 1,75 bilhão, 2,2%) e Coreia do Sul (US$ 1,62 bilhão, 2,1%).

A participação paulista no total da balança comercial brasileira (todos os setores da economia) apresentou quedas de 2,2 pontos percentuais nas exportações, e de 0,5 p.p. nas importações, apontando valores de 19,4% nas exportações e de 33,1% de representatividade para as importações. Para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo, nos nove primeiros meses de 2020, representaram 16,2% em relação ao agronegócio brasileiro, 0,5 p.p. superior ao registrado no mesmo período de 2019; já as importações tiveram queda (0,9 p.p.) passando de 34,0% para 33,1%.

Para ler o artigo na íntegra, consultar as tabelas e gráficos, e acompanhar o comportamento de cada grupo de produtos, clique aqui.

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