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Aluna de doutorado do IB recebe prêmio oferecido pela Sociedade Brasileira de Entomologia

Projeto para estudo taxonômico proposto pela estudante será apoiado pela SBE; Cinco Institutos de Pesquisa da Secretaria de Agricultura oferecem curso de pós-graduação

A estudante de doutorado da pós-graduação do Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Elisa Aiko Miyasato, teve projeto de pesquisa premiado pela Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE) para desenvolver estudos taxonômicos do gênero Frankliniella, terceiro mais diverso da ordem Thysanoptera, que inclui insetos conhecidos por tripes. Com a pesquisa, baseada em estudos moleculares, espera-se contribuir na identificação desses insetos, incluindo espécies consideradas pragas de cultivos agrícolas, além de fornecer informações básicas que poderão ser utilizadas para explorar futuros estudos moleculares e aplicados. A pesquisa ficou em terceiro lugar no Prêmio “Ubirajara Ribeiro Martins de Souza” em Sistemática de Insetos da SBE, entregue em maio deste ano. Em 11 de agosto é comemorado o Dia do Estudante.

A taxonomia é a área da Biologia dedicada à organização e classificação dos seres vivos. Elisa explica que, apesar da grande riqueza e importância econômica de alguns desses insetos, há ainda muitas lacunas no conhecimento deles. “Algumas espécies desse gênero são muito parecidas morfologicamente, por isso, há uma certa dificuldade na identificação correta. Com esse trabalho, será relevante reavaliar com ferramentas moleculares a identificação das espécies, contribuindo para o incremento dos estudos taxonômicos”, explica a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio do IB.

Para o desenvolvimento da pesquisa, Elisa tem coletado desde 2018 insetos em diferentes locais do Brasil, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre e Amazonas. Agora, todos os insetos estão sendo processados para estudos moleculares. “Esse prêmio é um incentivo para todos que trabalham com taxonomia e para mim, serve de estímulo para dar continuidade nos meus estudos. O meu projeto de doutorado é um grande desafio, pois é a primeira vez que tenho contato com técnicas moleculares”, comemora Elisa, que é orientada pelo pesquisador do IB, Marcelo Eiras, e coorientada por Élison Fabrício Bezerra Lima, docente da Universidade Federal do Piauí. O projeto contou também com a colaboração do professor Alberto Soares Correa, da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), e seu orientando Frederico Nanini Souza Sato, além da cooperação de sua colega de doutorado Agatha Mota de Oliveira e orientação do prof. Ricardo Harakava, pesquisador do IB, onde desenvolve a parte molecular.

Com mais de 200 mestres e 15 doutores formados ao longo de sua história, o programa de pós-graduação do IB se destaca por ser o único a oferecer cursos de mestrado e doutorado na área de sanidade cadastrado na área Interdisciplinar da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Ao todo, 35 alunos de Mestrado e 21 de Doutorado estão em processo de formação na PG-IB. Em 2020, os valores captados somente em bolsas de estudos para esses alunos foi de mais de R$ 460 mil.

Segundo o professor Marcelo Eiras, que também é coordenador da PG-IB, os cursos oferecidos contribuem para a capacitação e aperfeiçoamento profissional do setor dos agronegócios, especialmente na sanidade animal, vegetal, segurança alimentar e ambiental, setores estratégicos para o estado de São Paulo e para o País. “É importante ressaltar que os cursos também trazem benefícios para o Instituto Biológico. Os alunos de mestrado e doutorado têm sido fundamentais para a realização de diversas pesquisas do IB, e além de promoverem avanços no conhecimento, trazem frescor, novas ideias e ações para dentro da instituição”, afirma.

Pós-Graduação

Ao todo, cinco Institutos de Pesquisa ligados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), oferecem cursos de pós-graduação nas diferentes áreas do agronegócio. Até o final de 2020, 1070 mestres e 94 doutores foram formados pelos programas de pós-graduação do Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e Instituto de Zootecnia (IZ).

Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
fdomiciano@sp.gov.br
gsalmeida@sp.gov.br

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