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APTA Regional de Pindamonhangaba apresentará, na Aquishow Brasil 2023, pesquisas com rã-touro como bioindicador de poluição ambiental

Os testes, inéditos e pioneiros, auxiliam diretamente o setor produtivo

A APTA Regional de Pindamonhangaba, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estará no espaço destinado à cadeia produtiva da Ranicultura, de 23 a 25 de maio de 2023, em São Jose do Rio Preto/SP, no evento Aquishow.

A pesquisadora da APTA Regional de Pindamonhangaba, zootecnista Adriana Sacioto Marcantonio, doutora em Aquicultura, estará à disposição do público no estande da cadeia da Ranicultura, tirando dúvidas sobre as pesquisas realizadas.

A pesquisadora Adriana desenvolve, atualmente, duas linhas de pesquisa no ranário experimental da unidade de pesquisa em Pindamonhangaba. Uma linha zootécnica, de testes com suplementos alimentares para melhorar o desempenho animal e uma ecotoxicológica, que utiliza a rã-touro como organismo bioindicador de poluição ambiental.

“Zootecnicamente o principal objetivo é reduzir o custo de produção e melhorar os parâmetros fisiológicos das rãs. Já na linha da ecotoxicologia aquática, o estudo consiste na realização de testes com embriões e girinos de rã-touro”, ressalta Adriana.

A pesquisadora, coordenadora do projeto, explica que nos testes são utilizadas diferentes substâncias, “que podem ser consideradas poluentes ambientais, como os defensivos agrícolas.” “O teste de ecotoxicologia com ovos e embriões de rã-touro foi um dos pioneiros para determinar o protocolo de ensaios com essa espécie de organismo aquático”, ressalta Adriana.

A pesquisa zootécnica aponta um importante diferencial para o setor produtivo. pois se conseguirmos utilizar uma ração mais “barata” com suplementação de substâncias naturais, reduzindo o período de engorda e o custo de produção, pode resultar em um grande incentivo para a cadeia produtiva, uma vez que a ração é o principal item sobre o custo de produção.

A pesquisa em ecotoxicologia aquática representa uma ferramenta muito importante para monitoramento ambiental e auxilia diretamente o setor produtivo. Os resultados do estudo podem subsidiar a utilização de vários insumos agropecuários que possam atingir corpos d´água e afetar organismos aquáticos.

“Esperamos obter uma ração adequada, sem poluir o ambiente com produtos químicos e gerando segurança alimentar e ambiental na produção”, enfatiza Adriana.

Visando estabelecer, definitivamente, um protocolo de testes utilizando embriões de rã-touro (Lithobates catesbeianus), o projeto com vigência até 2025, seguirá ensaios de toxicidade aguda e crônica, visando estabelecer as doses mais seguras de aplicação.

Em virtude da representatividade da cadeia produtiva, Marilsa Fernandes, idealizadora e organizadora do evento, concedeu 9 m2 da área para a pesquisa em ranicultura.

No dia 23, às 14 horas, ainda ocorrerá o painel “A produção de organismos aquáticos no Brasil”, com a participação de representantes da Aquicultura, Aquaponia, Aquarismo e Ornamentais, Jacaricultura, Malacocultura, Piscicultura e Ranicultura. Ao final haverá debate com os participantes e pesquisadores.

Evento

A Aquishow Brasil, maior evento de conhecimentos e negócios da aquicultura nacional, será realizado no Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento do Pescado Continental, do Instituto de Pesca (IP-APTA), em São José do Rio Preto/SP.

A Aquishow Brasil é realizada pela PeixeSP (Associação de Piscicultores em Águas Paulistas e da União), em parceria com a Prefeitura de São José do Rio Preto e conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Recinto

A estrutura do pavilhão será de mais de sete mil m² de área construída para abranger 90 estandes comerciais, além de um auditório principal, cinco salas de reuniões e uma praça de alimentação, com restaurante temático e food trucks.

O público poderá visitar uma represa de cinco mil m² e um showroom, de mais de um hectare, com 26 viveiros escavados, 12 viveiros revestidos e 16 viveiros de terra.

 

Por Lisley Silvério

Assessoria de Imprensa

lsilverio@sp.gov.br

 

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