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Aquicultura: estudo mostra viabilidade econômica do uso de probiótico

Apesar de poucos dados científicos disponíveis na literatura nacional e estrangeira, o uso de probióticos (microorganismos vivos benéficos à saúde e que contêm propriedades nutricionais) na aqüicultura tem apresentado resultados promissores, principalmente no cultivo de larvas de peixes e moluscos. É o que mostra o artigo “Probiótico na alimentação de juvenis de matrinxã, Brycon amazonicus: viabilidade econômica”, publicado na Revista Acta Scientiarum Animal Sciences.
Dessa forma, os resultados obtidos serão utilizados como referência na elaboração de novos projetos de pesquisa, dizem as autoras do trabalho, as pesquisadoras Danielle de Carla Dias, do Centro de Aqüicultura da UNESP, Jaboticabal (SP); Fernanda de Paiva Badiz Furlaneto, do Polo Centro Oeste Paulista/APTA Regional, Marília (SP); Luiz Marques da Silva Ayroza, do Polo Médio Paranapanema/APTA Regional, Assis (SP); Leonardo Tachibana, Elizabeth Romagosa e Maria José Tavares Ranzani-Paiva, do Instituto de Pesca (IP-APTA), São Paulo (SP). A APTA Regional é vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
O trabalho permitiu avaliar a viabilidade econômica do uso de probióticos (Bacillus subtilis) adicionados à ração de matrinxã (Brycon amazonicus) na fase de engorda. É que o manejo da alimentação é importante do ponto de vista econômico para a criação de peixes. 
O experimento foi conduzido no Pólo Regional do Vale do Ribeira, município de Pariquera-Açu (SP), no período de fevereiro a julho de 2009. Foram utilizados 960 juvenis de matrinxã com peso médio 39,83 ± 8,18 g e comprimento médio 14,60 ± 1,00 cm divididos em 12 tanques-rede de 2,7m³ (1,5x1,5x1,2m) instalados em viveiros com área total de 600m2 e profundidade média de 1,50m.
O teste foi realizado com um grupo controle (T1) e mais duas doses do probiótico (T2=5g e T3=10g . kg-1 de alimento) e quatro réplicas. Os resultados demonstraram que o T2 proporcionou melhor desempenho zootécnico e econômico para o cultivo de matrinxã, na fase de engorda, no sistema intensivo de criação.
Crescimento
Ainda segundo o trabalho, a piscicultura no Brasil vem se fortalecendo em ritmo acelerado nos últimos anos. Este crescimento acompanha a tendência mundial de profissionalização da atividade, como já ocorreu na criação de bovinos, aves e suínos, dizem os autores.
No Brasil, destaca-se o cultivo de tilápia, carpa, tambaqui e truta, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Porém, diversos autores ressaltam que, nos últimos anos, o matrinxã (Brycon amazonicus) vem sendo criado com sucesso na região Sudeste brasileira. 
A espécie possui boa aceitação no mercado e adapta-se facilmente ao cultivo em cativeiro, explicam os autores do estudo. O domínio da tecnologia de propagação artificial e a cadeia produtiva estabelecida favorecem a consolidação da atividade. Atualmente, o matrinxã é considerado um dos peixes mais esportivos das águas continentais do Brasil.
No entanto, destaca o trabalho, o agronegócio da aquicultura precisa ser conduzido por meio de critérios sociais, ambientais, econômicos e tecnológicos. Nesse sentido, o uso de probiótico na criação de peixes atende os requisitos de sustentabilidade do empreendimento, pois pode atuar beneficamente no ecossistema aquático. Além disso, possibilita redução do custo de produção em decorrência da otimização do aproveitamento dos nutrientes, pois o custo com ração representa em torno de 50% do custo operacional total nas pisciculturas semi-intensivas e intensivas.
O artigo completo encontra-se disponível na Revista Acta Scientiarum Animal Sciences, v.34, n.3, p.239-243, 2012.

Álbum de fotos

Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

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