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Besouro do filme O Rei Leão pode ser visitado em museu da Secretaria

Febre nos anos 90, o filme O Rei Leão ganhou versão live-action para deleite – e nostalgia – dos fãs. A adaptação, que estreou em 18 de julho de 2019 nos cinemas brasileiros, teve poucas mudanças da versão original. Uma delas foi o modo como o macaco Rafiki descobre que o leãozinho Simba está vivo. A cena atual mostra o ciclo da vida, em que cada animal está interligado, por isso, um tufo de pelo da juba de Simba voa pelo horizonte por conta do trabalho de um besouro conhecido como rola-bosta.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Biológico (IB-APTA), mantém na cidade de São Paulo a exposição Planeta Inseto, único zoológico de insetos do Brasil. É possível encontrar um besouro muito similar ao rola-bosta, da mesma família, chamado de Coprophanaeus, e conhecer sua importância para o ecossistema ou manutenção do ciclo da vida.

Segundo Mário Kokubu, biólogo e educador no Planeta Inseto, o besouro rola-bosta é coprófago, ou seja, se alimenta de restos de fezes e estercos de outros animais, principalmente daqueles que consomem muita fibra. No Brasil, a espécie Dichotomius anaglypticus é encontrada, principalmente, em pastos de bovinos. Na África, a espécie Digitonthophagus gazella tem atuação bastante próxima a manadas de elefantes. “Como o nome já diz, o besouro rola-bosta faz uma bola com as fezes desses animais e as utiliza para se alimentar, criar larvas e conquistar o coração das fêmeas. O macho que fizer a maior bola de fezes fica com a fêmea”, conta.

A importância desse inseto está na reciclagem de nutrientes, já que atua na decomposição de matéria no ecossistema, recolhendo as fezes da natureza. Eles não são considerados praga, pelo contrário. Em alguns casos, podem atuar em pastos de bovinos, por exemplo, combatendo pragas. “O Instituto Biológico, inclusive, já desenvolveu trabalhos de inserção da espécie do besouro africano em pastos brasileiros para o controle da mosca-dos-chifres”, afirma Kokubu.

Planeta Inseto

A exposição Planeta Inseto disponibiliza mais de 20 atrações. De forma lúdica e interativa, o público recebe informações sobre o quanto os insetos estão presentes no cotidiano e sua importância para o ambiente, produção de alimentos e saúde humana. “Existem mais de um milhão de espécies de insetos conhecidos e acredita-se que há mais de sete milhões a serem identificadas. Eles representam mais da metade no nosso planeta. Apenas as formigas ocupam 15% do peso da Terra”, afirma Antonio Batista Filho, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), que coordena o IB.

A mostra tem como público-alvo crianças e adolescentes de 3 a 16 anos, mas recebe visitantes de todas as idades para conhecer quatro espécies de abelhas sem ferrão, baratas disputando corrida, lagartas tecendo fios de seda, formigas trabalhando em sistema organizado e o bicho-pau, que se assemelha a gravetos.

As visitas são acompanhadas por monitores treinados e os visitantes – se quiserem – podem pegar alguns insetos, como a Barata de Madagascar e o bicho-pau, por exemplo. O espaço também conta com um laboratório de ciências, equipado com três lupas eletrônicas para que os visitantes visualizem de forma ampliada alguns organismos utilizados para combater pragas na agricultura, tecnologia chamada de controle biológico.

Sediado no Museu do Instituto Biológico, o Planeta Inseto conta com autorização de criação, manejo e exposição de insetos emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. É ainda certificado pela norma ISO 9001:2008 para divulgação científica e cultural em entomologia.

Por Fernanda Domiciano
Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa - APTA

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