Os cafeicultores cooperados atingem produtividades maiores, apresentam maior tamanho médio do parque cafeeiro com maior parcela em cultivo adensado, têm maior instrução acadêmica, aumentaram sua área cultivada com café e possuem maior dependência da renda advinda da agropecuária. É o que mostra o artigo “Singularidades do cafeicultor paulista cooperado”, publicado na revista Informações Econômicas (edição de janeiro/2010) do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP).
“De forma geral, os cafeicultores cooperados exibem, portanto, melhores indicadores agronômicos e sócio-econômicos que seus congêneres não cooperados”, dizem os pesquisadores Celso Luis Rodrigues Vegro, Vera Lucia Ferraz dos Santos Francisco e José Alberto Angelo. O universo do estudo foi composto pelos cafeicultores paulistas elencados no Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agropecuária (Projeto LUPA), realizado pela SAA nos períodos de 1995/96 e 2007/08. Com base no levantamento mais recente, os cafeicultores paulistas foram segmentados de acordo com sua organização social cooperativa.
Entre os cafeicultores cooperados, observam os técnicos do IEA, constatam-se ganhos em termos de profissionalismo e eficiência econômica que tornam ainda mais tenaz sua manutenção econômica e competitiva no território paulista. “O LUPA, lamentavelmente, não trouxe quantificação da produção. Mas dados da pesquisa de previsão de safras, realizada sistematicamente pelo IEA e pela CATI, evidenciam incremento progressivo nos volumes colhidos safra a safra no Estado de São Paulo.”
Assumindo a trajetória atual como indicativa do porvir, prosseguem os pesquisadores, a cafeicultura paulista deve incrementar ainda mais a concentração de sua produção nos cinturões em que é obtida melhor eficiência agronômica e econômica para esse cultivo. “Possivelmente, o padrão de adensamento dos estandes irá avançar ainda mais, liberando área sem prejuízo da produção. Mais surpreendente ainda é que toda essa modernização ocorre em lavouras majoritariamente de sequeiro, sendo a irrigação de cafezais a próxima fronteira tecnológica a ganhar mais consistência no segmento.”
O Estado de São Paulo é importante produtor nacional de café arábica e território líder nos negócios envolvendo a commodity (torrefação, consumo e exportação).
Outros destaques - Entre os destaques da edição, encontram-se artigos sobre desafios para a produção de biodiesel por produtores familiares no semi-árido; principais elos da cadeia agroindustrial da carne bovina brasileira; dinâmica do arrendamento de terras para o setor sucroalcooleiro; e aplicação da legislação no transporte rodoviário de agrotóxicos no município paulista de Itapetininga.
Link: íntegra da edição de janeiro/2010 da revista Informações Econômicas
José Venâncio de Resende
Assessoria de Comunicação da APTA
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