Professores da UFMG conheceram as instalações de unidade de pesquisa do Instituto de Pesca, referência nacional de pesquisas na área
Em 21 de junho se iniciou no hemisfério sul o inverno e esta é a melhor estação do ano para a truticultura, uma vez que as trutas são espécies que dependem do clima frio. O Núcleo Regional de Pesquisa em Salmonicultura Dr. Ascânio de Faria, do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, está localizado em Campos do Jordão e é referência nacional em pesquisas desta área de conhecimento.
Uma de suas grandes contribuições foi a viabilização no Brasil da técnica de salmonização da truta, ou seja, o processo de pigmentação da carne com caroteinoide (pigmento natural) adicionado à ração, deixando a carne do peixe em tom rosa, característica que agrada aos consumidores. Há anos tal processo vem propiciando uma agregação progressiva de valor, por desenvolver numerosos produtos derivados.
Além da produção científica, o Núcleo produz e fornece a truticultores ovos embrionados 100% fêmeas - produto que aumenta a produtividade - e alevinos de truta arco-íris. Também são comercializadas ovas frescas para confecção de caviar, muito utilizadas na alta gastronomia.
O Núcleo ainda oferece ações de aprendizagem teórico-prática no Centro de Treinamento Marcos Guilherme Rigolino, espaço voltado a receber grupos de estudantes de escolas técnicas, universitários, produtores, chefs de cozinha e demais interessados na aquisição de conhecimento das áreas de Truticultura e Salmonicultura.
Nos dias 20 e 21 de junho, o Centro de Treinamento recebeu professores e estudantes da Escola de Veterinária, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os participantes tiveram a oportunidade de assistir aulas teóricas; realizar práticas no Laboratório e manejo de peixes nos tanques do Núcleo, com pesquisadores especialistas e a equipe de apoio.
Gabriel Rivetti, um dos alunos do curso, agradeceu pela experiência de estar em um dos melhores institutos de pesquisa especializada do país. “Aqui pudemos vivenciar práticas que certamente potencializaram nossos estudos acadêmicos”, comentou.
Já o professor Marcelo Rezende disse que "esta foi uma grande oportunidade para que os estudantes possam ver algumas especificidades reprodutivas de espécies, no caso aqui as trutas, que eles não têm como vivenciar na universidade". Marcelo ainda fez questão de agradecer a toda a equipe do Núcleo pela recepção calorosa e a parabenizou pelo trabalho realizado há tantos anos.
Interessados na criação de trutas e instituições de ensino que queiram conhecer o Núcleo e participar de ações de aprendizagem podem entrar em contato pelo e-mail institutodepesca@sp.gov.br