É tempo de reunir a família e os amigos para torcer pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2018, que será realizada na Rússia a partir de amanhã, 14 de junho. O primeiro jogo do Brasil será no domingo, 17 de junho, às 15h, contra a Seleção da Suíça. Se você está sem muita ideia do que preparar para servir seus convidados, vem com a gente! A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, lista alguns de seus produtos campeões para antes, durante e depois dos jogos!
Churrasco
O churrasco é uma das paixões dos brasileiros e é uma excelente opção para dia de jogo. Mas você sabia que por traz dele tem muita ciência? Para produção de um gado de boa qualidade é necessário selecionar os melhores, aqueles que ganham peso de forma mais rápida, reduzindo o tempo de abate, o que é bom para os pecuaristas. Menos tempo no pasto significa menos emissão de gás metano para a atmosfera, o que é fundamental para o meio ambiente. O Instituto de Zootecnia (IZ-APTA) é referência brasileira nesse assunto. Seu programa de melhoramento genético conseguiu aumentar em 60 quilos o peso a desmama de bovinos e em três arrobas o peso ao abate dos animais, aos dois anos. O objetivo é aumentar o ganho de peso, reduzir o tempo de abate, diminuir os custos de produção e minimizar os impactos ambientais.
Mas genética de qualidade, sem um bom manejo, não adianta muito. Por isso, o Polo Regional de Colina da APTA desenvolveu um sistema de produção campeão, chamado Boi 7.7.7. Seguindo este conceito, os produtores conseguem produzir gado com 7 arrobas na desmama, 7 na recria e 7 na engorda, produzindo um animal de 21 arrobas em no máximo dois anos. Normalmente, os pecuaristas levam três anos para produzir um gado de 18 arrobas. Essa eficiência se reverte em lucros 30% superiores aos produtores, redução de gás metano na atmosfera e uma carne de excelente qualidade para os consumidores.
Caipirinha
Para acompanhar o churrasco, que tal uma caipirinha, feita com cachaça, açúcar e limão? A Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Jaú do Instituto Agronômico (IAC-APTA) realiza treinamentos para ensinar os produtores a produzir cachaça artesanal de excelente qualidade. É uma forma de diversificar a produção e aumentar a renda. O próximo treinamento será em 3 de julho de 2018, em Jaú, interior paulista. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail valmira@iac.sp.gov.br.
Cerveja
A cerveja também é um produto bastante consumido em dia de jogos, principalmente na Copa. Mas quando for abrir aquela garrafa gelada, lembre-se que ela foi desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA).
Na década de 80, o consumo de bebidas estava em crescimento Brasil e começou a faltar garrafas no mercado, em especial para as cervejarias, as principais compradoras de embalagens novas. Em mercado aquecido, chegavam garrafas produzidas em desacordo com as especificações técnicas. Resultado: quebra de embalagens. Dá para imaginar a insatisfação do consumidor, né? Em 1990, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV) procurou o ITAL para analisar e desenvolver um produto só para essa indústria. Foi aí, que o instituto público de pesquisa criou a garrafa exclusiva para cerveja, aquela que gente conhece e está em todos os botecos, supermercados e geladeiras.
A ideia era desenvolver uma tecnologia que oferecesse uma garrafa de vidro retornável, com resistência para suportar o longo vai e vem entre a fabricação e o consumo. Em dois anos o produto ganhou o mercado. Em 1994, o Sindicato assumiu o controle de procedimentos para a produção e comercialização da nova embalagem, o que possibilitou maior controle do processo, um aspecto positivo para as indústrias e para os consumidores.
Pipoca
Pipoca também é uma boa pedida para quando o jogo começar. E você sabia que o IAC é atualmente a única instituição oficial a desenvolver cultivares de milho pipoca hibrida? A maioria do milho pipoca cultivado no Brasil provem de sementes importadas. O problema é que as condições climáticas paulistas causam elevada podridão no grão, em função de o período de pós-maturação ocorrer em janeiro e fevereiro, meses em que há maior incidência de chuvas. Nesse cenário, o híbrido IAC 8077, apresentado pelo Instituto em 2016, que tem como característica bom empalhamento e alta resistência à podridão dos grãos, representa uma opção para o plantio de verão no Estado de São Paulo.
O IAC 8077 é um híbrido de milho convencional, isto é, não transgênico, com potencial produtivo de nove a dez toneladas, por hectare de grãos. Este potencial pode ser superado, se a lavoura for conduzida com boa tecnologia. O material é direcionado para propriedades com baixa e média tecnologia.
Amendoim
O amendoim também é paixão nacional e outro exemplo dos trabalhos do IAC, que busca o desenvolvimento de cultivares mais produtivas, resistentes a doenças e ideias para a produção de doces e confeitos. Em maio de 2017, o IAC lançou a cultivar IAC OL5, com grãos que possuem de 70% a 80% de ácido oleico – enquanto outros materiais possuem de 40% a 50% -– característica que garante o dobro de conservação do produto na prateleira. Para o consumidor, a IAC OL5 possui outra vantagem: o ácido oleico contribui para reduzir a taxa de triglicérides e aumentar o bom colesterol.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
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