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Criadores de avestruz preocupados com prazo para medidas sanitárias

Os criadores de avestruz decidiram pedir esclarecimentos à Secretaria de Defesa Animal do Ministério da Agricultura (MAPA) sobre o prazo de adesão por parte dos Estados ao Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle, cuja avaliação será feita até julho próximo. A instrução normativa no 17 (de 7 de abril de 2006), que aprovou a medida, no âmbito do Programa Nacional de Sanidade Avícola, foi discutida em reunião, no dia 26 de abril, da Câmara Setorial Especial de Ratitas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os criadores estão preocupados com o prazo estabelecido, pelo qual os Estados terão de pedir auditoria ao MAPA para a obtenção de classificação do nível sanitário da atividade avícola. É que existem gargalos a serem eliminados como a implantação de corredores sanitários, revisão de distâncias entre propriedades de produção de ratitas (com a adoção de medidas compensatórias) e a falta de laboratório credenciado para Newcastle. Crédito e pesquisa A Câmara Setorial solicitou a criação de linha de crédito para os pequenos criadores de avestruz e de um programa de pesquisa. A linha de financiamento no âmbito do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP) deve atingir o máximo de R$ 70 mil, cujo montante será investido na aquisição de reprodutores e na implantação de infra-estrutura (galpões, sala para armazenagem de ovos, piquetes de recria e terminação, etc.) mediante apresentação de projeto técnico. Já o programa de pesquisa, que seria conduzido pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), deve abranger arraçoamento e rendimento de carcaças por parte do Instituto de Zootecnia e estudo de viabilidade econômica (Instituto de Economia Agrícola). O objetivo é diminuir custos e aumentar a produtividade, segundo o presidente da Câmara Setorial, Luis Robson Muniz. Ele acredita que é possível produzir um avestruz por R$ 300,00, o que daria o preço de R$ 50,00 por arroba, considerando que o animal para abate tenha pelo menos seis arrobas. O Estado de São Paulo possui cerca de 500 criadores, o que corresponde a aproximadamente 17% dos 3000 criadores do Brasil. A população paulista de avestruzes é calculada em 90 mil aves pelo último censo da Associação dos Empreendedores Paulistas da Estrutiocultura (AEPE), aproximadamente 1/5 do plantel brasileiro (cerca de 430.000 aves). Em 2006, foram abatidas 14.306 aves e São Paulo respondeu por 40% desse total. Estima-se que 50% da produção de carne de avestruz no Brasil sejam consumidos pela cidade de São Paulo. Segundo Muniz, a expectativa do setor estrutiocultor paulista é de exportar em 2007 cerca de 500 toneladas para a comunidade européia (principal destino mundial da carne de avestruz).

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