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Dia da Terra: Secretaria conserva biodiversidade, fomentando projetos sustentáveis

Na segunda-feira, 22 de abril, comemora-se o Dia da Terra para conscientizar a população sobre o estado do planeta, que sofre com a poluição, desastres naturais e atitudes que provocam impactos ambientais negativos. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio de seus institutos de pesquisa e coordenadorias, promove diversos projetos, com objetivo de conservar a biodiversidade paulista.

Plano ABC

O Plano Estadual de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC) tem como meta promover a adoção, por parte dos produtores rurais e agroindustriais, de tecnologias sustentáveis de produção agropecuária e agroindustrial que reduzam a emissão de gases do efeito estufa (GEE), aumentem a fixação de CO2 no solo e na vegetação, aumentem a eficiência da produção e permitam a adaptação às mudanças climáticas pela agropecuária paulista.

Para isto, conta com programas como: Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Sistemas Agroflorestais (SAFs), Sistema Plantio Direto (SPD), Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), Florestas Plantadas e Tratamento de Dejetos Animais entre outros. Na safra de 2017/2018, foram registrados 221 Contratos de Financiamento do Programa ABC, no valor de R$ 87,16 milhões.

Sistemas agroflorestais

A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) da SAA desenvolve trabalhos com Sistemas Agroflorestais - um dos programas do plano ABC -, na região de Pindamonhangaba desde 2007. O foco é a recuperação da vegetação da região do Vale do Paraíba, deteriorada pela colonização, ciclo do café e pastagens. Os resultados das pesquisas motivaram os pequenos e médios produtores, agricultores familiares e assentados a adotar um novo jeito de cultivar a terra com o plantio de frutas nativas, palmito, pupunha, mandioca, quiabo, brócolis, sorgo, Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) e adubos verdes.

Os trabalhos ajudaram a alavancar o movimento agroflorestal no Vale do Paraíba e a APTA se tornou uma vitrine no quesito. Cerca de 200 produtores atuam como disseminadores dos Sistemas Agroflorestais, integrando a Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba, que já conta com cerca de 1400 pessoas, entre pesquisadores, técnicos, estudantes de pós-graduação, educadores e os produtores. No entanto, a frequência de participação é variada. O projeto impacta na renda familiar, qualidade de vida e recuperação ambiental da região.

Projeto Nascentes

A Secretaria está recuperando pelo Programa Nascentes a vegetação localizada às margens do córrego Borda da Mata no município de Holambra, bem como suas nascentes, para conservar o solo e a água. No total, serão recuperadas inúmeras nascentes e mais de 16 hectares de vegetação nativa no município, em um trabalho que balizará as ações em âmbito estadual.

As ações estão sendo realizadas em uma área que engloba 101 propriedades rurais no município de Holambra, e é uma parceria da Secretaria com a Agência Nacional das Águas (ANA), Fundação Banco do Brasil e Agência das Bacias Hidrográficas do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (APCJ), totalizando um investimento das entidades de mais de R$ 3,5 milhões.

Em Holambra, o Programa já possibilitou o plantio de mais de 27 mil mudas de essências nativas nas matas ciliares e no entorno das nascentes, além dos serviços de terraceamento em uma área de 258 hectares e a subsolagem de 92,96 hectares. Também já foram recuperados 43,56 quilômetros de estradas rurais, evitando a erosão e assoreamento dos rios e facilitando o escoamento da produção de flores e demais produtos agrícolas da região. O projeto também já instalou 166 fossas biodigestoras junto às propriedades rurais do município, e 14.236 mil m² de lonas para a impermeabilização de tanques de captação de águas de chuva, que já foram entregues à Associação de Agricultores Familiares de Holambra (Aafhol).

Controle biológico

Na agricultura, o inimigo pode fazer um bem danado. Naturalmente, sem o uso de defensivos agrícolas, ele combate determinada praga ou patógeno, economizando recursos financeiros, poupando o ambiente e a saúde do trabalhador. O Instituto Biológico (IB-APTA) é referência no Brasil em pesquisas sobre o controle biológico. Seleciona micro-organismos e predadores para controlar pragas e doenças em flores, banana, cana-de-açúcar, soja, café e seringueira. As pesquisas do IB têm forte contribuição para a redução do impacto ambiental, diminuição dos custos de produção e melhoria social.

Em 2017, o Instituto lançou o Programa de Inovação e Transferência de Tecnologia em Controle Biológico com o objetivo de auxiliar a iniciativa privada e assessorar na implantação e manutenção de biofábricas, disponibilizar cepas para produção de fungos em cana, soja, banana, melão, feijão e hortaliças, além de transferir tecnologia e conhecimento em controle biológico utilizando ácaros predadores e nematoides. 63 biofábricas brasileiras de produção de cepas para controle biológico já passaram por assessoramento do IB.

Embalagens Ambientalmente Sustentáveis

Em busca da melhoria constante da relação da embalagem com o meio ambiente, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-APTA) avalia o desempenho ambiental de sistemas de embalagem e de produtos acondicionados, auxiliando associações, empresas e instituições públicas no uso racional dos recursos naturais, além de disponibilizar informações técnicas consistentes.

Assim, oferece diversos serviços: Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), subsídios para rotulagem ambiental, ecodesign (design for environment), esclarecimentos sobre estratégias ambientais, sustentabilidade e legislação sobre embalagem e meio ambiente, orientação para o desenvolvimento de produtos sustentáveis, estudos sobre impacto ambiental de embalagens e produtos, treinamento sobre sustentabilidade ambiental, critical review e pegada de carbono (carbon footprint).

Destaca-se a experiência de duas décadas em ACV. A ferramenta permite identificar o impacto ambiental potencial associado a um produto ou atividade desde a extração das matérias-primas, produção, distribuição, uso até a disposição final, com aplicação direta dos resultados em gestão ambiental: melhoria de produtos, processos ou serviços; planejamento estratégico; elaboração de políticas públicas; suporte ao marketing; subsídio para rotulagem ambiental.

Por Assessoria de Imprensa.

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