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IAC entrega primeiro pacote de “pré-brotado IAC” de cultivares de cana na Agrishow 2017

Carla Gomes e Mônica Galdino – Assessoria de Imprensa – IAC
O Instituto Agronômico (IAC-APTA) fará, durante a Agrishow 2017, a entrega a cinco agricultores do primeiro pacote de “pré-brotado IAC” de cultivares de cana-de-açúcar desenvolvidas pelo Instituto. A proposta é compartilhar a produção: o IAC faz a etapa de brotação da muda, considerada a mais crítica, oferecendo o material pré-brotado ao agricultor, que fará a aclimatação 1 e 2, dentro da propriedade, e finalizará o MPB. A entrega aos agricultores deverá ser realizada em 1º de maio de 2017, no estande da Secretaria de Agricultura.
O objetivo é validar o Projeto Produção Integrada de Mudas Pré-Brotadas, desenvolvido pelo Programa Cana IAC, em um modelo integrado de produção, em que o agricultor participa ativamente do processo. Os participantes fazem parte do Projeto +Cana, que tem apoio da Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba (Socicana) e da Cooperativa Agroindustrial (Coplana).
“A ideia é levar para dentro da propriedade rural essa forma compartilhada entre a pesquisa científica e um grupo de produtores, que se dividem na tarefa de gerar o produto usado pelo setor”, diz o pesquisador responsável pelo trabalho, Mauro Alexandre Xavier.
Os agricultores receberão esses pacotes de acordo com a necessidade de cada um, ao longo da execução do projeto de validação, que será desenvolvido de maio a dezembro de 2017. “Estamos facilitando e dividindo com o produtor etapas críticas do processo, inclusive com menor custo”, diz.
Os participantes terão acompanhamento técnico da equipe do IAC em todo o processo, até a finalização. A entrega do material pré-brotado será feita dentro de cada propriedade. Por esta razão, o projeto tem abrangência regional e, para este momento, foram selecionados cinco produtores na região de Ribeirão Preto.
“Essa ação tem como hipótese gerar facilidade para o produtor e viabilizar a utilização de MPB em larga escala na realidade da propriedade agrícola, portanto, gerando desdobramentos na logística, reduzindo o custo de produção da MPB e qualificando o processo produtivo”, explica.
Esse novo modelo de transferência de tecnologia será avaliado a fim de que, após sua finalização e elaborados os diagnósticos, possa determinar o uso em ampla escala pelo setor sucroenergético. “As engrenagens tecnológicas e o manejo agronômico se acoplam em beneficio do produtor”, resume Xavier.
Dentre os cinco participantes, dois produzem mudas para uso na propriedade e três atuam como viveiristas — produzem mudas para vendê-las a terceiros. Como esta finalidade, a forma de produção deve atender às normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Segundo Xavier, o projeto prevê orientação técnica-científica que direciona para o avanço da qualidade e, dessa forma, viabiliza o atendimento aos critérios do MAPA. “A possibilidade de vender as mudas é um negócio a mais dentro da propriedade”, avalia.
De acordo com o pesquisador, o MPB recupera os benefícios da formação de mudas em viveiros, procedimento que fora praticamente esquecido com o boom do setor, apesar de gerar benefícios como aspectos fitossanitários da planta.
3ª fase do Projeto de Validação do MPB complementa etapas 1 e 2
Esta terceira fase do Projeto de Validação do Sistema de Mudas Pré-Brotadas é uma complementação às etapas 1 e 2, já executadas juntamente a produtores selecionados pela Socicana e Coplana. “A diferença é que nesta etapa os produtores não farão todas as fases, como ocorria no primeiro e no segundo módulo”, explica Xavier.
Os objetivos das três etapas são comuns. A primeira envolveu o resgate, por parte do produtor de cana, da gestão operacional na formação e utilização de mudas com qualidade e padrão de sanidade. A segunda destinou-se à capacitação de grupos de produtores por meio da transferência de tecnologia do Instituto Agronômico, que promove desta forma a inovação. Esta terceira fase visa à inserção do produtor no modelo compartilhado do processo de produção de MPB, que é o produto final deste método pioneiro desenvolvido pelo IAC. “Acreditamos ser uma contribuição do Instituto para continuar viabilizando a mudança cultural em processo de desenvolvimento no plantio e produção de cana-de-açúcar atualmente no Brasil”, afirma.
Desenvolvido pelo IAC, o sistema prevê, no plantio da cana-de-açúcar, a utilização de mudas pré-brotadas no lugar dos colmos como sementes. As mudas pré-brotadas são produzidas a partir de cortes de canas, chamados minirrebolos – onde estão as gemas. Depois passam por uma seleção visual e são tratados com fungicida. São colocados em caixas de brotação com temperatura e umidade controladas e, ao final, colocados em tubetes que passam por duas fases de aclimatação — nesta fase é que os cinco produtores selecionados para a terceira fase de validação do projeto irão atuar. O ciclo completo leva 60 dias, quando as mudas pré-brotadas estão prontas para o plantio.
O secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim, afirma que o MPB aumenta a eficiência e os ganhos econômicos na implantação de viveiros, replantio de áreas, renovação e expansão de canaviais. “É exemplo claro do uso da tecnologia para incremento do agronegócio, como recomenda o governador Geraldo Alckmin”, diz.

 

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