Sem produtos usados para diagnóstico de brucelose e tuberculose, não ocorre o trânsito de animais de produção
O Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, ampliou em 31% sua produção de imunobiológicos em 2021, produtos usados para o diagnóstico de brucelose e tuberculose em animais. Os imunobiológicos produzidos pelo IB atendem ao Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). Sem esses insumos, o trânsito nacional e internacional de animais fica proibido.
Em 2021, o IB produziu 7,1 milhões de doses de imunobiológicos, um aumento de 31% em relação a 2020, quando foram produzidas 5,4 milhões, e um acréscimo de 57% em relação a 2019. Na última década, o IB ampliou em 236% sua produção desses insumos.
De acordo com o médico-veterinário do IB, Ricardo Spacagna Jordão, responsável pelo Laboratório de Produção de Imunobiológicos do IB, o salto foi possível a partir dos investimentos recebidos pelo Instituto nos últimos anos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por meio do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP).
“Esses investimentos permitiram pesquisas para melhorar a produção e envase no Laboratório do IB, o que tem trazido agilidade para a nossa produção. Além disso, os recursos foram fundamentais para que o Instituto atualizasse seu portfólio de imunobiológicos para atender as demandas do setor produtivo”, afirma Jordão.
Portfólio atualizado
Desde maio de 2021, o Instituto disponibiliza ao mercado duas opções de frascos, uma com menos dose e outra com o número tradicional. Com isso, é possível encontrar no mercado AAT, antígeno para diagnóstico da brucelose, com 160 e 64 doses, Prova Lenta de 60 e 24 doses, além das Tuberculinas Bovina e Aviária de 50 e 20 doses.
“Essa ação é muito importante, pois tínhamos muito desperdício de doses em propriedades com número reduzido de animais. Quando o produtor precisava levar parte de seu rebanho para leilão ou exposição, por exemplo, também perdia muitas doses. Quando um frasco é aberto, o prazo de validade se reduz rapidamente. O ideal é sempre utilizar frascos recentemente abertos, para evitar diagnósticos falso positivos ou falso negativos”, explica Jordão.
O IB, em 2020, também aumentou o prazo de validade dos frascos de tuberculina para triagem e confirmatório de tuberculose, que passaram a ter dois anos, o dobro do que era disponibilizado anteriormente. Para o AAT, o aumento na validade foi de seis meses, passando de 12 para 18 meses. “Isso tem ajudado muito na rotina de compra e de armazenamento dos produtos pelos profissionais que atuam no campo, além de também reduzir o desperdício”, afirma o médico-veterinário.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA