O Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, criou comissão interna para executar, propor e acompanhar o desenvolvimento de ações que objetivam a disseminação de normas de boas práticas científicas e avaliar denúncias de má conduta. A Comissão de Integridade Científica do Instituto Biológico (CICIB) é formada por um colegiado interdisciplinar e independente de caráter consultivo, educativo e investigativo. O IB é o primeiro instituto no âmbito da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) a criar um comissão como essa.
Como abertura oficial das atividades da comissão, o IB realizou o I Ciclo de Palestras sobre Integridade Científica (CICIB), em 3 de outubro de 2017, na Sede do Instituto, em São Paulo, que reuniu 122 pessoas, entre o corpo técnico do Instituto e convidados. O objetivo foi disseminar as boas práticas de integridade científica e apresentar ao corpo técnico do IB, formado por 98 pesquisadores científicos, docentes e discentes da Pós-Graduação em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio do Instituto, composta por 47 mestrandos e 17 doutorandos.
Formada por nove membros pertencentes ao corpo técnico do Instituto Biológico, a comissão é coordenada por Silvia Regina Galleti, pesquisadora e editora-chefe do periódico Arquivos do Instituto Biológico (AIB). Entre as ações institucionais da comissão estão à promoção da cultura da integridade científica e a coordenação de ações preventivas, educativas e punitivas no que tange à integridade.
De acordo com Silvia, a criação da CICIB atende a um consenso internacional descrito no Código de Boas Práticas Científicas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), de que as questões relativas à integridade ética das atividades científicas devem merecer atenção contínua e sistemática da comunidade científica e das instituições.
Segundo Antonio Batista Filho, diretor-geral do IB, além da educação continuada, a comissão do Instituto Biológico tem entre suas metas em curto prazo a utilização de software de avaliação e detecção de originalidade que será empregado nos projetos, relatórios, dissertações e teses. “Temos certeza que essas ações do IB irão ampliar a promoção da cultura da integridade ética da pesquisa, cumprindo assim seu papel institucional de focar nas boas práticas científicas”, afirma.
Há uma preocupação mundial quanto à ética e à integridade científica, de acordo com Silvia, e no IB, a cultura da integridade é apoiada, defendida e aplicada pelos pesquisadores, docentes, discentes antes mesmo da criação da CICIB. “Palestras sobre redação científica, ética e plágio já foram ministradas, principalmente, aos discentes da PG-IB e aos bolsistas de iniciação científica. O periódico Arquivos do Instituto Biológico também atua em consonância com os princípios éticos do IB e daqueles requeridos no código de boas práticas da Fapesp. Desde 2015, a AIB faz uso de software para detectar possíveis similaridades nos trabalhos submetidos para publicação”, afirma.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, a má conduta científica é um problema global e é necessário que as instituições de pesquisa criem mecanismos para promover a integridade. “Esta é uma recomendação do governador Geraldo Alckmin”, diz.
I Ciclo de Palestras sobre Integridade Científica
O I Ciclo de Palestras sobre Integridade Científica, realizado pelo IB em 3 de outubro, em São Paulo, Capital, teve a apresentação da palestra “Integridade científica: ações do Instituto Biológico”, proferida por Silvia Galleti. As palestras “Integridade e ética científica” e “Ações da USP coibindo a má conduta” foram apresentadas por Sigmar de Mello Rode, professor da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), e André Serradas, bibliotecário do Sistema Integrado de Bibliotecas Universidade de São Paulo (SIBiUSP).
Por Fernanda Domiciano
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