Lembrando Ruy Miller Paiva, engenheiro agrônomo que trouxe dos Estados Unidos a semente do que seria posteriormente o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Celso Vegro, diretor-geral do instituto, deu início às comemorações dos 74 anos do IEA. A cerimônia, realizada em 8 de novembro de 2016, em São Paulo, Capital, contou com a presença de Arnaldo Jardim, titular da Pasta de Agricultura, Rubens Rizek Jr., secretário-adjunto, Omar Cassim Neto, chefe de gabinete, e Orlando Melo de Castro, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
Fundado em 1942, o Instituto de Economia Agrícola foi a primeira instituição brasileira a sistematizar os estudos sobre economia agrícola no Brasil. Atualmente, realiza pesquisas sobre estatísticas de preço, área e produção, mercados florestais, salários, entre outras, realizadas geralmente em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), responsável pela extensão rural da Secretaria de Agricultura, informações que se constituem em fontes para gestão pública e privada. Os levantamentos estatísticos realizados pelo IEA servem de modelo para outras instituições e os preços agrícolas são referência para atacadistas, varejistas e produtores.
Arnaldo Jardim parabenizou os servidores e parceiros pelo aniversário e afirmou que a Secretaria de Agricultura e o Governo do Estado de São Paulo têm muito a agradecer ao IEA. O instituto ajuda a compreender a real dimensão da produção agropecuária paulista, do Brasil e do mundo, além de fornecer as ferramentas para a elaboração de políticas públicas adequadas ao setor.
O secretário afirmou que, por orientação do governador Geraldo Alckmin, sua gestão está alicerçada sobre quatro eixos prioritários: o desenvolvimento da agricultura em harmonia com o meio ambiente; redução da distância entre a pesquisa e o setor produtivo; oferecimento de assistência técnica e extensão rural especialmente buscando aumentar a produtividade e competitividade do agricultor familiar e do pequeno produtor e promover a saudabilidade dos alimentos.
“Trabalhos como o de levantamento de preço de terras, que servem de referência para o cálculo de impostos e tributos; o Lupa (Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária), que é uma verdadeira radiografia do setor; as análises sobre os efeitos da anomalia climática sobre a produção paulista e o trabalho em prol da implementação do Protocolo Agroambiental, que ajudou as usinas a incorporar o conceito de sustentabilidade, são apenas alguns exemplos”, afirmou Jardim.
Mas existe um longo caminho pela frente, lembrou o secretário. “Nós sabemos empiricamente que a segunda etapa do Microbacias (Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável - Microbacias II – Acesso ao Mercado, desenvolvido pelo Governo do Estado de São Paulo com recursos do Banco Mundial) foi um sucesso no sentido de empoderar o homem do campo, mas precisamos da avaliação econômica desse projeto para propor a realização de uma terceira fase”, comentou.
Nara Guimarães
Fotos: Hélio Filho