A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) está elaborando um documento para harmonizar os conceitos ambientais relacionados ao desenvolvimento de embalagem, visando apoiar o atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos.
A demanda surgiu após a assinatura de um protocolo de intenções entre a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo Brasileira de Embalagem (Cetesb) e a Associação Brasileira de Embalagem, para cooperação técnico-científica, com o objetivo de identificar e divulgar as boas práticas ambientais para projetos de embalagens de bens duráveis e não duráveis, além de colaborar com a discussão da embalagem na economia circular.
Estudos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), desenvolvidos especialmente para a Abre, apontam que, dos recursos mobilizados pelo setor no Brasil, as embalagens plásticas representam a maior participação com 39,07% do total, seguidas pelas embalagens celulósicas com 34,30% (neste item, somam-se as embalagens de papelão ondulado com 18,54%, cartolina e papel cartão com 9,87% e papel com 5,89%), metálicas com 17,14%, vidro com 4,81% e madeira com 2,59%.
De acordo com o diretor-geral do ITAL, Luis Fernando Ceribelli Madi, a iniciativa valorizará da função da embalagem, a otimização do ciclo de vida do produto com o mínimo de consumo de recursos e geração de resíduos, a conscientização do consumidor quanto ao uso do produto e descarte da embalagem e a revalorização da embalagem, “considerando as possibilidades de reutilização, remanufatura e reciclagem, contribuindo com a transição para um modelo de economia mais circular”, disse.
Para o pesquisador científico da Secretaria e diretor do Centro de Tecnologia de Embalagem (CETEA), Assis Euzébio Garcia, o protocolo contribuirá para a identificação e divulgação de práticas ambientais adequadas a serem adotas pelo setor de embalagens no Brasil. “Este setor busca encontrar soluções para que a embalagem, no final do seu ciclo de vida, tenha uma destinação adequada, evitando o desperdício de recursos naturais”, explicou.
O Secretario de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, destacou que os trabalhos realizados pelo ITAL estão em sintonia com as diretrizes do governador Geraldo Alckmin, ao desenvolver um trabalho que garanta a saudabilidade dos alimentos industrializados e garantir a sustentabilidade e preservação do ambiente. “As ações contribuem para a disseminação de informações de extrema importância para a sociedade, meio ambiente, indústrias, setor acadêmico e a comunidade de científica, tornando-se referências para o Estado de São Paulo e Brasil”, destacou