Secretário de Agricultura e Abastecimento esteve na Sede do IB, em São Paulo
"Se a comida que você come é saudável, isso passou pelo Instituto Biológico (IB-APTA), pois trabalhamos com pesquisas em saúde das plantas e dos animais". Foi assim que a diretora geral do IB, Ana Eugênia de Carvalho Campos, resumiu a importância dos trabalhos do Instituto de pesquisa para Itamar Borges, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que visitou a Sede do IB, na capital paulista, em 10 de junho.
Acompanhado do secretário-executivo da Pasta, Francisco Matturro, do coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Sergio Tutui, de pesquisadores e técnicos do IB, Itamar conheceu quatro estruturas laboratoriais da instituição, que é referência no Brasil e no exterior em pesquisas relacionadas à sanidade animal, vegetal e proteção ambiental.
“O Instituto Biológico é uma instituição que dá orgulho para todos nós e é fundamental para que o Brasil alcance os principias mercados. Vi aqui a pesquisa de ponta e a inovação que o IB proporciona. Somos pioneiros e únicos no País em muitas áreas importantes para o agro, como a produção de kits para diagnóstico de brucelose e tuberculose e análises sorológicas de Febre Aftosa”, lembrou Borges.
O primeiro espaço visitado pelo secretário foi o Laboratório de Diagnóstico Fitopatológico, que detecta microrganismos em plantas. A pesquisadora do IB, Eliana Rivas, explicou que as análises são fundamentais para que novos microrganismos não entrem no Brasil e causem prejuízos milionários em toda a cadeia produtiva do agro brasileiro.
O Laboratório de Resíduos de Pesticidas do IB também foi visitado por Borges. Recepcionado por Sérgio Monteiro e Meire Staff Zanquetta, pesquisador e técnica do IB, o secretário conheceu toda a estrutura do espaço que realiza análises de resíduos de pesticidas em alimentos, água e solo. Mais de 130 princípios ativos podem ser diagnosticados pelo IB, que atende diversos setores públicos e privados, como produtores rurais, indústrias, fabricantes de defensivos agrícolas e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Outra estrutura visitada foi o Laboratório de Produção de Imunobiológicos, local que fabrica cerca de 6 milhões de kits para diagnóstico de brucelose e tuberculose em animais, sendo o único autorizado pelo Ministério a produzir este insumo. O médico-veterinário do IB, Ricardo Spacagna Jordão, explicou que a produção de imunobiológicos tem crescido anualmente no IB, principalmente, após recursos aportados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) em 2019, que permitiram a compra de novos equipamentos e a ampliação do portfólio de produtos do Instituto.
A visita foi finalizada no Laboratório de Viroses de Bovídeos, que realiza diagnóstico sorológico de Febre Aftosa e estomatite vesicular atendendo o Programa Nacional do para Erradicação da Febre aftosa, diagnóstico diferencial de doenças neurológicas para o Programa Nacional de Raiva e certificação sanitária de animais vivos e material genético (sêmen e embriões) para exportação, como Língua Azul, IBR/IPV, BVD, entre outras, por meio de testes sorológicos e moleculares (PCR, PCR em tempo real e sequenciamento).
O laboratório foi o primeiro do Brasil na área animal a ter nível de segurança 3 (NB3), que permite a manipulação segura de materiais biológicos de origem animal e microrganismos zoonóticos, ou seja, doenças transmissíveis dos animais para os homens. Líria Okuda, pesquisadora do IB, explicou que essa estrutura foi fundamental para que o IB passasse a auxiliar rapidamente na pandemia do novo coronavírus, realizando diagnóstico de Covid-19 para a Polícia Militar de São Paulo e a Aeronáutica.
Ana Eugênia lembrou o secretário que a grande maioria dos laboratórios do IB são acreditados pela norma internacional 17025, que os coloca no mesmo nível dos laboratórios de ponta dos Estados Unidos e Europa, por exemplo.
A expertise do corpo técnico do IB faz com que o Instituto seja constantemente consultado pelo setor produtivo na discussão de protocolos sanitários e na harmonização dos testes diagnósticos entre os países importadores e exportadores.
Por Fernanda Domiciano