Apresentar as tecnologias e inovações desenvolvidas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo com sustentabilidade ambiental. Este foi o objetivo da apresentação de Sérgio Augusto Morais Carbonel, diretor-geral do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, ligado à Pasta, durante o 48º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, na última segunda-feira, 10, em São Pedro, interior paulista.
O diretor do IAC abordou as tecnologias já desenvolvidas pelo Instituto paulista desde 1887 e adotadas pelos diversos setores de produção agrícola. “Destacamos a essencialidade da pesquisa para a sociedade, nos campos e nas cidades, nas esferas de produção, comércio e consumo, considerando que ao final do ciclo, a expectativa da ciência é contribuir com a melhora da qualidade de vida”, resumiu Carbonell.
Durante a palestra, o diretor do IAC, que é pesquisador científico da área de feijão, tratou de estudos do Instituto sobre o desenvolvimento de cultivares com maior resistência a pragas e doenças, característica que reduz o uso de controle químico e, consequentemente, contribui com a preservação ambiental, além de baixar custos de produção. “Em nossos trabalhos, além de produtividade e qualidade de produto, buscamos tecnologias que possam viabilizar o melhor aproveitamento dos recursos naturais, como água e solo”, disse.
O IAC tem desenvolvido cultivares mais resistentes às situações de estresse hídrico. Há cultivares sendo adotadas pelos produtores com esse perfil, como é o caso de feijão e cana-de-açúcar. No caso dessas duas culturas, há materiais IAC sendo plantados em áreas de baixa precipitação com bom desempenho das lavouras. Uma nova cultivar de café IAC tolerante à seca e resistente à ferrugem está em fase de registro no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). “À medida que nossas cultivares apresentam melhor desempenho em ambientes restritivos do ponto de vista hídrico, estamos contribuindo com a conservação ambiental e com a gestão do negócio agrícola, visto que a água vem se tornando insumo que preocupa o agricultor”, avaliou.
Carbonell ressaltou a estratégia de atuação preventiva que marca os trabalhos do IAC, onde é feito o melhoramento genético de plantas com vistas às características agronômicas que poderão vir a ser relevantes no futuro. É assim que, quando o mercado demanda por cultivares com determinado atributo, o trabalho já está encerrado ou em vias de conclusão. “Vale lembrar que para se chegar a uma nova cultivar, são necessários cerca de dez anos de pesquisa”, ponderou.
O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, que participou do evento, destacou o trabalho de inovação realizado pela Secretaria, por meio de seus institutos, na criação de novas técnicas de produção e preservação do meio ambiente. “O governador Geraldo Alckmin é um entusiasta da agricultura e pecuária e determinou que a Secretaria atuasse para fomentar o agronegócio, do ponto de vista de pesquisa, de conceito e de extensão rural, em especial voltados para os pequenos e médios agricultores. O Estado de São Paulo é pioneiro no estímulo de novas técnicas de inovação e desenvolvimento e graças ao trabalho realizado pelos nossos institutos, podemos avançar nesse sentido”, disse.
O Instituto Agronômico colabora não somente com cultivares, mas também com outras ferramentas que compõem o pacote tecnológico que oferece suporte aos agricultores e demais profissionais da agricultura brasileira. Dentre elas estão: análises de solos e fertilizantes, informações agrometeorológicas, tecnologias de aplicação de agrotóxicos.
Carbonell falou aos presentes no 48º Congresso Brasileiro de Fitopatologia também sobre os resultados para a citricultura, como o recém-lançado Programa Nota 10, com aptidão para o mercado de fruta in natura. O IAC disponibilizará aos interessados grupos de cultivares de laranja, tangerina, e lima ácida, além de novos porta-enxertos.
O público teve acesso ainda sobre as contribuições mais antigas do IAC, como as pesquisas que viabilizaram o estabelecimento da cafeicultura nacional, com estudos iniciados há 60 anos, e a tropicalização da fruticultura no Estado de São Paulo. Os resultados nas áreas de grãos e fibras, seringueira, frutas e hortaliças também foram apresentados ao público da palestra.
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