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Pesquisa da APTA avalia cultivares de milho e sorgo para diminuir custos da alimentação animal

Pesquisa realizada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) avaliou 16 cultivares de milho e nove de sorgo com teor de matéria seca de até 35% para alimentação animal na forma de silagem. As cultivares foram avaliadas pela produtividade e valor nutritivo da forragem colhida no ponto de ensilagem com o objetivo de baratear o custo de produção.
As silagens de milho e sorgo são importantes fontes de alimento para os rebanhos, principalmente no período seco do ano e em sistemas intensivos com animais confinados. “Em decorrência do alto custo de produção, é necessário que a produtividade de forragem para ensilagem seja elevada, diminuindo o custo por tonelada produzida. A escolha de cultivares mais produtivas e com elevado valor nutricional é uma forma de reduzir o custo”, afirmou a pesquisadora da Secretaria, que atua na APTA, Solidete de Fátima Paziani.
A pesquisadora da APTA explicou que cada sistema produtivo possui suas peculiaridades e custos inerentes. Assim, a produtividade e o valor nutritivo do produto influenciarão no custo final da ração. A inclusão de silagens mais produtivas e de melhor valor nutritivo no balanceamento da ração exige menor inclusão de ingredientes concentrados e pode diluir o custo final. “Por isso, a importância dessas avaliações, pois mostram as características das cultivares para o produtor fazer suas escolhas de acordo com a região em que se encontra”, avaliou. A diversidade de clima e solo influencia no desempenho das cultivares.
De acordo com a pesquisa, a produtividade de matéria seca de milho atingiu números entre 17 t/ha e 21 t/ha nos melhores ambientes, que corresponde a valores de massa verde de 50 t/ha e 63 t/ha. Considerando que o preço da tonelada de milho para silagem é de, aproximadamente, R$ 130, a receita bruta de um hectare de milho será superior a R$ 6 mil. “Este valor é superior ao obtido na mesma lavoura destinada para a produção de grãos, que produziria entre oito e dez toneladas de milho. Duas toneladas de forragem (base seca) correspondem, aproximadamente, a uma tonelada de grãos. Quanto ao valor nutritivo, é preciso avaliar quanto daquela forragem é efetivamente digerida pelo animal e fornece nutrientes para a sua manutenção, produção de leite e carne”, diz Solidete.
O sorgo apresentou média de produtividade de massa seca de 19,5 t/ha, valor próximo à média observada no milho, de 18,8 t/ha. Segundo Solidete, a proximidade dos valores demonstra que o sorgo não é menos produtivo, ao contrário do que muitos imaginam.  “É importante considerar que em muitas situações o sorgo é semeado em áreas marginais, de baixa fertilidade, em épocas muito tardias e sem receber o manejo e a adubação necessários, daí as baixas produtividades. Com o manejo adequado, as cultivares de sorgo mais produtivas foram superiores às produtividades das melhores cultivares de milho”, afirma. A produtividade média de matéria seca digestível no milho foi de 11,28 t/ha, em Mococa e Tatuí. A de sorgo foi de 10,5 t/ha, em Birigui, Pindorama e Votuporanga.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, a pesquisa é importante para o planejamento do produtor, pois auxiliará na escolha de melhores materiais, considerando o perfil das propriedades. “O balanceamento da dieta do gado é um fator muito importante para a saúde do animal. Por isso, o planejamento é fundamental para melhorar a produtividade e reduzir custos. O trabalho está alinhado à recomendação do governador Geraldo Alckmin”, pondera.
A pesquisa foi conduzida pela APTA Regional, em conjunto com o Instituto Agronômico (IAC) e a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) entre novembro e dezembro de 2015. Os produtores rurais podem escolher as melhores cultivares para a implantação das suas lavouras visando à produção de silagem. O resultado das análises pode ser acessado no link www.zeamays.com.br.
Por Fernanda Domiciano
Mais informações
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
(19) 2137-8933

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