Data da postagem: 10 Junho 2013
O IqPR - Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista encerrou o mês de maio em queda de 3,62%, de acordo com o levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os produtos que registraram as maiores altas foram: batata (28,09%), arroz (11,20%), laranja para indústria (9,24%), feijão (7,58%) e leites tipo C (6,98%) e B (6,43%). Ainda em alta, porém com menor variação no mês, têm-se os produtos: soja (1,93%), café (0,93%), trigo (0,70%) e amendoim (0,38%).
Para a batata, a redução em 15,5% da área cultivada e de 12,7% na produção da safra das águas no Estado de São Paulo, e menor oferta na safra atual devido ao clima desfavorável, apresentam-se como principais motivos do reajuste dos preços recebidos pelos produtores. Mesma situação ocorre para o feijão, aliada às ocorrências de pragas (mosca branca) em muitas plantações elevou os preços desde ao produtor até as gôndolas dos supermercados, afirma levantamento realizado pelos pesquisadores do IEA-APTA, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo.
No leite B e C, a redução da quantidade e qualidade das pastagens reflete na menor oferta dos produtos, o que tem pressionado as cotações para cima.
Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços neste mês foram: laranja para mesa (16,98%), carne de frango (16,46%), tomate para mesa (16,01%), banana nanica (15,65%), carne suína (9,66%), milho (7,71%) e cana-de-açúcar (5,46%). Em menor escala, aparecem os produtos: ovos (4,14%), algodão (3,73%) e carne bovina (0,49%).
Enquanto manifestação da tradicional sazonalidade da cultura do tomate, a redução das chuvas e a não ocorrência de geadas no outono levam abaixo as perdas e suas interferências nos custos de produção, aumentando a oferta com consequente redução nos preços. Mesmo com queda em maio de 2013, os preços médios recebidos pelos produtores (valores nominais) estão bem maiores em relação aos meses iniciais dos anos de 2011 e principalmente de 2012 quando os preços ficaram abaixo de R$ 30,00, tal movimento podem estar ajudando os tomateiros a se capitalizar, uma vez que sofreram perdas consideráveis no período anterior.
No caso das carnes de frango e suína, a demanda interna fraca e a redução no nível de exportação puxou os preços para baixo. Mesmo que o repasse da redução dos custos do milho tenha interferido na redução dos preços recebidos pelos produtores, foi a redução no nível de exportação que aumentou em muito o volume oferecido de seus subprodutos no mercado interno o que tornou os valores repassados aos granjeiros não remuneradores (abaixo dos custos de produção).
Últimos 12 meses
No acumulado dos últimos 12 meses, o IqPR registrou alta de 2,77%. Apresentaram aumentos em patamares mais elevados que a inflação acumulada para os últimos 12 meses: batata (216,24%), tomate para mesa (159,34%), trigo (52,43%), ovos (42,10%), algodão (30,35%), arroz (27,25%), carne suína (11,91%), leite C (7,82%) e leite B (7,30%), carne de frango (5,27,38%), carne de frango (20,82%) e laranja para mesa (7,42%). Em menor expressão variaram também positivamente: carne de frango (5,88%), carne bovina (4,26%), laranja para mesa (4,08%) e o milho (2,36%).
Apresentaram reduções de preços os seguintes produtos: café (-21,98%), banana nanica (-15,60%), cana-de-açúcar (-10,17%), amendoim (2,69%) e soja (-1,80%). Os produtos laranja para indústria e feijão estavam sem cotação de preços em maio de 2012, esclarecem os pesquisadores do IEA.
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Texto: Nara Guimarães
Assessora de Imprensa - IEA
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