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Produção de agroenergia: pesquisa seleciona herbicidas para pinhão-manso

A aplicação de herbicidas pós-emergentes causou danos mínimos às plantas em alguns tratamentos (queima e queda de algumas folhas), mas provocou prejuízos maiores em outros tratamentos (alterando o desenvolvimento normal das plantas, inclusive com casos de morte), segundo o estudo “Pinhão-manso: seletividade de herbicidas visando à produção de agroenergia”. A pesquisa é desenvolvida pelos pesquisadores Lília Sichmann Heiffig-del Aguila, do Instituto Agronômico (IAC-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento; Juan Saaveedra del Aguila, da ESALQ-USP; Leandro Cesar Lopes e Guilherme Shigueyuki de Assis Sugawara, da UNESP-Botucatu; e Cleber Daniel de Goes Maciel, da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista.
Nas avaliações realizadas até agora, o trabalho - que tem o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) - conclui, em caráter preliminar, que a cultura do pinhão-manso não é tolerante à aplicação em pós-emergência dos herbicidas flazasulfuron e mesotrione. Além disso, apresenta elevados níveis de fitotoxidez à aplicação em pós-emergência dos herbicidas carfentrazone-ethyl e lactofen.
O estudo tem a finalidade de pesquisar a cultura do pinhão-manso, como uma cultura estratégica e promissora para a agricultura brasileira e para a implementação do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, dizem os pesquisadores. Assim, pretende-se gerar informações sobre a cultura (ainda escassas no Brasil), baseadas em experimentação científica, visando avaliar a tolerância das mudas de pinhão-manso a diferentes herbicidas, com o objetivo de se conhecer princípios ativos passíveis de serem recomendados quando do cultivo a campo.
Em condições de estufa, foram produzidas mudas de pinhão-manso em sacolas plásticas de 1,7 L, usando como substrato solo argiloso + esterco na proporção 1:1. Estas foram conduzidas até os 60 dias, quando receberam, conforme o tratamento, aplicação pós-emergente dos herbicidas de diferentes mecanismos de ação: chlorimuron-ethyl, trifloxusulfuron-sodium, lactofen, carfentrazone-ethyl, mesotrione, bentazon, flazasulfuron, clethodim+fenoxaprop-p-ethyl, haloxyfop-methyl.
Ao avaliar visualmente plantas de pinhão-manso dias após a aplicação dos herbicidas pós-emergentes, os pesquisadores observaram que, para alguns tratamentos, a fitotoxicidade causada pela aplicação do herbicida foi mínima, com a queima e a queda de algumas folhas, até mesmo inobservável visualmente. Isto pode ser comprovado pela recuperação e pelo desenvolvimento das plantas de pinhão-manso (bentazon e haloxyfop-methyl). Já para outros tratamentos a fitotoxicidade foi imediata e progressiva, alterando o desenvolvimento normal das plantas de pinhão-manso, em alguns casos levando-as à morte (lactofen, carfentrazone-ethyl, mesotrione e flazasulfuron).
O uso de agrotóxicos tem sido uma prática indispensável, pois pragas, doenças e plantas daninhas continuam a causar grandes perdas à agricultura, dizem os pesquisadores. Embora os herbicidas visem ao controle de plantas daninhas, eles podem afetar certas propriedades do solo, microrganismos e mesmo a planta cultivada.
Os pesquisadores consideram de grande importância o controle de plantas daninhas durante a fase de estabelecimento da cultura do pinhão-manso. “Entretanto não se conhece nenhum herbicida de pós-emergência registrado para aplicação sobre as mudas do pinhão-manso que sejam parcial ou totalmente seletivos para o mesmo.”
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

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