Cachorro, gato, pássaros e outros animais são muitas vezes criados em casa e considerados como membros da família. Mas você já pensou em ter uma rã como pet? No Aquário do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é possível conhecer quatro rãs-touro, que podem até mesmo ser tocadas, com o acompanhamento dos monitores. O Aquário do IP fica localizado no Parque da Água Branca, em São Paulo, Capital.
Se você simpatiza com anfíbios, sobretudo com rãs, saiba que a rã-touro é uma das espécies indicadas para ser um pet, ou seja, um animalzinho de estimação, que pode ser criado em casa, mas, claro, com o mesmo cuidado e carinho (além das autorizações necessárias) como qualquer outro pet.
Primeiramente é importante dizer que elas não possuem veneno como algumas espécies de anfíbios, que, geralmente, não são adotadas como pet por isso. Além de dóceis, são uma fonte viva para a construção de conhecimento, sobretudo para as crianças, que podem ver sua evolução e metamorfose desde a fase de girino até a adulta, o que dura bastante tempo (cerca de 3 a 4 meses conforme a temperatura da água).
Claudia Maris, pesquisadora do Instituto de Pesca e especialista em Ranicultura, explica que as rãs-touro são exóticas, ou seja, não são nativas do Brasil, mas estão em nosso país desde 1935. Mesmo assim, é importante saber que elas não podem ser soltas em qualquer rio ou lago. As rãs são animais vertebrados, o que significa que têm ossos e pertencem à classe dos anfíbios. Anfi significa duas e Bio significa vida, ou seja, os anfíbios em sua grande maioria, têm duas formas de vida. Em sua primeira fase ficam somente na água e são chamados de girinos. Respiram como os peixes, por meio de brânquias. Na segunda fase, habitam o meio terrestre e respiram o ar atmosférico, por meio dos pulmões. Somente o macho coaxa, mas as fêmeas também emitem sons. Estes sons são ouvidos com maior frequência na época do acasalamento, o qual coincide com os meses de primavera e verão no Brasil. Uma rã-touro vive em cativeiro cerca de 12 anos e como são a segunda maior espécie de rãs do mundo podem chegar a pesar cerca de 2kg.
Conheça o Aquário do IP
O Aquário do Instituto de Pesca, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), fica dentro do Parque da Água Branca, local de fácil acesso por meio de várias linhas de ônibus que param em frente e do metrô (Estação Palmeiras-Barra Funda).
Além do aquário com as rãs-touro, possui 30 viveiros com diferentes espécies de peixes, que podem ser vistas de terça a domingo das 9h às 12h e 13h às 17h. O ingresso custa R$ 3, mas menores de cinco anos e maiores de 65 não pagam. De segunda a sexta, das 10h às 17h, é possível agendar visitas escolares e de grupos pelo telefone (11) 3871–7549.
Além das atrações permanentes, o Aquário terá atividades para as crianças no dia 31/01, com o apoio das monitoras.