Data da postagem: 19 Fevereiro 2015
Em meio à maior escassez hídrica das últimas décadas, o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenérgetico traz resultados animadores. O protocolo foi firmado entre as secretarias estaduais de Agricultura e Abastecimento (SAA) e do Meio Ambiente (SMA), a União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA) e a Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (ORPLANA).
Segundo a Diretora-geral do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), Marli Mascarenhas Oliveira, com o Protocolo, o setor evoluiu em ganhos ambientais, ligados à redução de queima para colheita, proteção de matas ciliares e nos processos industriais. “Foi possível diminuir o consumo de água para processamento da cana, resultado de fatores da colheita crua, limpeza da cana a seco e o fechamento de circuitos de água, dentre outras melhorias, visando à produção sustentável da cana e de seus produtos”, afirma a Diretora-geral do IEA, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Assinado em 2007, o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético representa um acordo voluntário entre as partes, que determinou a antecipação dos prazos legais para o fim da despalha da cana por meio do uso de fogo, a recuperação de matas em nascentes e a proteção das áreas de preservação de outros cursos d’água. De acordo com seus idealizadores, além de introduzir a mecanização da colheita da cana-de- açúcar, o Protocolo representou a consolidação de uma estrutura produtiva baseada na adoção das melhores práticas de sustentabilidade ambientais e sociais pelo setor produtivo. “O protocolo inaugura uma nova forma de se produzir cana no Estado de São Paulo”, ressalta Marli Mascarenhas Oliveira.
A cana-de-açúcar é o principal produto da agropecuária paulista. A participação da cultura no valor da produção agropecuária do Estado de São Paulo, em 2013, foi de 46,7% (R$ 26,9 bilhões). No período analisado, houve um aumento de 47% na área colhida, passando de 3,4 para 5,1 milhões de hectares. Embora a cultura tenha se ampliado, pesquisas indicam que esta expansão não ocorreu em áreas de produção de alimentos e sim em áreas de pastagens degradadas.
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Texto: Nara Guimarães
Assessoria de Imprensa – IEA
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