O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado anualmente em 5 de junho para incentivar a população a preservar o planeta. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio de projetos e programas, recupera as pastagens, conserva as nascentes, protege as plantações e corrige o solo com rentabilidade. Confira a as nossas ações que contribuem para preservar o planeta:
Recuperação do solo
A Secretaria criou o projeto Integra SP, com o objetivo de preservar e recuperar os solos e recursos hídricos em áreas de pastagens e mitigar a emissão de gases de efeito estufa, atendendo às metas do Programa Estadual de Mudanças Climáticas. Por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), a Pasta aplica conceitos estratégicos e dinâmicos de sustentabilidade nos sistemas de produção e conservação do meio ambiente.
O projeto alia o conhecimento de novos modelos à tecnologia de última geração produzida para o setor agrícola e capacita a mão de obra. Já beneficiou mais de 124 produtores rurais, em 62 municípios, totalizando uma área de 1.683,38 hectares restaurados. Isso significa que solos degradados foram recuperados, se tornando adequados para produção e reduzindo a necessidade de desmatamento para novas áreas de plantio.
A área de pastagem no Estado de São Paulo é de 7,8 milhões de hectares, -¬ 40% das terras agrícolas -, segundo o Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (Lupa) da Secretaria. Por conta do manejo inadequado, aliado à falta de conhecimento, se estima que 4,6 milhões desses hectares estão degradados em estágios iniciais ou medianos, e 1,5 milhão em estágio avançado.
Correção do solo com rentabilidade
Resultados de pesquisas do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA) revelaram que a recuperação de pastagens por meio do cultivo do milho é uma importante alternativa para os pecuaristas, podendo ser empregada em pequenas e grandes propriedades, além de permitir a correção e o uso do solo com rentabilidade, desde o primeiro ano que inicia a adoção desta prática. Para isso, é preciso fazer um diagnóstico da pastagem, para que possa organizar o preparo do solo, no qual poderá incluir a necessidade de aração, gradagem e subsolagem.
A recuperação precisa de tempo – muitas vezes a primeira safra não resolverá. Uma opção para o produtor é plantar outras culturas anuais para que o solo seja reestruturado. Caso contrário, há possibilidade de não ter sucesso na produção do milho nem na recuperação da pastagem. Para garantir a recuperação, é necessário que o pecuarista programe a calagem, a adubação de plantio e de cobertura.
Atualmente existem várias opções disponíveis para recuperação de pastagens por meio do plantio de culturas anuais, sendo que algumas delas foram criadas pelos próprios produtores e pecuaristas com base em suas experiências. Por exemplo: safra de milho + safra de boi; soja + safra de milho + safra de boi. Nesse sentido, a recuperação das pastagens por meio dos sistemas integrados com milho pode ser realizada por consórcio, da sucessão ou da rotação de culturas anuais com espécies forrageiras.
Conservação da vegetação e nascentes
A Secretaria está recuperando a vegetação e nascentes das margens do córrego Borda Da Mata, do município de Holambra, pelo Programa Nascentes, para conservar o solo e a água. As ações estão sendo realizadas em uma área que engloba 101 propriedades rurais no município de Holambra, e é uma parceria da Secretaria com a Agência Nacional das Águas (ANA), Fundação Banco do Brasil e Agência das Bacias Hidrográficas do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (APCJ), totalizando um investimento das entidades de mais de R$ 3,5 milhões.
Em Holambra, o Programa já possibilitou o plantio de mais de 27 mil mudas de essências nativas nas matas ciliares e no entorno das nascentes, além dos serviços de terraceamento em uma área de 258 hectares e a subsolagem de 92,96 hectares. Também já foram recuperados 43,56 quilômetros de estradas rurais, evitando a erosão e assoreamento dos rios e facilitando o escoamento da produção de flores e demais produtos agrícolas da região.
O projeto também já instalou 166 fossas biodigestoras junto às propriedades rurais do município e 14.236 mil m² de lonas para a impermeabilização de tanques de captação de águas de chuva, que já foram entregues à Associação de Agricultores Familiares de Holambra (Aafhol).
Natureza protegendo plantações
Na agricultura, o inimigo pode fazer um bem danado. Naturalmente, sem o uso de defensivos agrícolas, ele combate determinada praga ou patógeno, economizando recursos financeiros, poupando o ambiente e a saúde do trabalhador. O Instituto Biológico (IB-APTA) é referência no Brasil em pesquisas sobre o controle biológico, seleciona micro-organismos e predadores para controlar pragas e doenças em flores, banana, cana-de-açúcar, soja, café e seringueira.
As pesquisas do IB têm forte contribuição para a redução do impacto ambiental, diminuição dos custos de produção e melhoria social. O pesquisador Mário Sato revela que o controle ocorre naturalmente e que “o produtor tem de trabalhar para manter o equilíbrio, ou seja, não aplicar qualquer produto, fazer uma boa adubação e não irrigar demasiadamente, para não ter uma infestação de pragas que pode causar doenças na cultura”.
Em 2017, o Instituto lançou o Programa de Inovação e Transferência de Tecnologia em Controle Biológico com o objetivo de auxiliar a iniciativa privada e assessorar na implantação e manutenção de biofábricas, disponibilizar cepas para produção de fungos em cana, soja, banana, melão, feijão e hortaliças, além de transferir tecnologia e conhecimento em controle biológico utilizando ácaros predadores e nematoides. 63 biofábricas brasileiras de produção de cepas para controle biológico já passaram por assessoramento do IB.
Kevin Previatti, Pk.
Assessoria de Comunicação.
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.