Data da postagem: 15 Dezembro 2008
A Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (CODEAGRO), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP), criou grupo de trabalho (Diário Oficial de 20/11/2008) para propor normas técnicas para a pecuária bovina e definir padrões mínimos de qualidade.
O grupo reúne representantes do gabinete e das coordenadorias da SAA, de universidades e outras entidades ligadas ao setor. Pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), participam os pesquisadores Nelson Pedro Staudt e Ana Paula Porfírio da Silva (Instituto de Economia Agrícola-IEA), Edviges Maristela Pituco (Instituto Biológico-IB) e Flávio Dutra de Resende (Pólos Regionais).
Na primeira reunião no dia 5 de dezembro, o grupo de trabalho decidiu que, na fase inicial dos trabalhos, a prioridade será para a certificação da Unidade de Produção de Pecuária Bovina de Corte. Segundo o pesquisador e secretário geral das Câmaras Setoriais, Nelson Staudt, a certificação da pecuária bovina se diferencia dos selos já existentes no Programa "Produto de São Paulo" (café, cachaça, suíno, algodão e carvão vegetal) que estão mais focados no produto em si. Já o da pecuária bovina, em virtude do trabalho conjunto com o Programa Risco Sanitário Zero, estará mais focado na unidade de produção, principalmente, num primeiro momento.
A intenção da SAA é que este grupo de trabalho proponha uma norma que estabeleça os requisitos mínimos para que uma propriedade rural de bovinos possa desenvolver as boas práticas, visando atender as questões sanitárias e de qualidade que São Paulo estabelecerá como padrão paulista, esclareceu Staudt. O trabalho será estendido à pecuária de leite e outros setores da produção animal.
Para o veterinário Ênio Marques, da Assessoria Técnica do Gabinete da SAA, há 50 anos o importante era quem produzisse não importava como. Mas hoje o fundamental é a garantia sanitária e de qualidade. Assim, é preciso fazer os ajustes para atender às normas, especificações e protocolos existentes.
Segundo Lydio Cosac de Faria, da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), é importante estabelecer um padrão que assegure produto seguro ao consumidor, uma vez que produto e qualidade de produção estão interligados. Já Auler José Matias, da Associação Brasileira de Novilho Precoce (ABNP), sugeriu que as várias normas e exigências existentes sejam agregadas numa única proposta.
Staudt disse ainda que o produtor que aderir ao Selo de Qualidade Produto São Paulo será favorecido com os diversos programas da SAA, como as linhas de financiamento do FEAP (Fundo de Expansão da Agropecuária Paulista), a subvenção do seguro e o Programa do Pró-Trator.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio/Adriana Nascimento
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