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Surubim-do-Paraíba: tema de projeto do Instituto de Pesca, com o apoio do CNPq

A concessão de apoio financeiro para o projeto “Determinação da qualidade do sêmen e ovócitos de surubim-do-paraíba, Steindachneridion parahybae”, a ser desenvolvido pelo Instituto de Pesca (IP-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, foi aprovada em novembro pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq ). O projeto é de autoria da pesquisadora Elizabeth Romagosa, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Peixes Ornamentais do IP.
O surubim-do-paraíba é um bagre endêmico de grande porte da bacia do rio Paraíba do Sul. É considerado uma das poucas espécies nobres da bacia e foi outrora importante para a pesca profissional.
Diante do impacto dos empreendimentos hidrelétricos sobre a ictiofauna, e consciente de sua responsabilidade ambiental, a Companhia Energética de São Paulo (CESP) mantém, desde 1985, a Estação de Hidrobiologia e Aquicultura de Paraibuna (SP), responsável pelo programa de manejo pesqueiro na bacia do rio Paraíba do Sul. Um dos desafios da CESP é a conservação da diversidade genética de espécies endêmicas da bacia, destacando-se dentre elas o surubim-do-paraíba, explica a pesquisadora Romagosa.
O surubim-do-paraíba é uma espécie reofílica, carnívora e que se encontra na lista de peixes em perigo de extinção. Assim, ele merece atenção especial. Então, um dos desafios da CESP é tentar inverter essa realidade, com base em programas adequados de repovoamento, que só poderão ter sucesso com o conhecimento das técnicas de reprodução induzida e material genético disponível.
Para tanto, explica Romagosa, há necessidade de aprimorar o conhecimento da biotecnologia de reprodução dessa espécie, particularmente no que se refere à qualidade dos gametas, além da sua conservação em curtos períodos de estocagem e distintas temperaturas. No caso dos ovócitos, eles serão estimados por meio da caracterização morfológica, taxas de fertilização e eclosão, bem como, da eclosão de larvas. Também será avaliada a ação de poluentes sobre a viabilidade dos gametas e sua prole. Esses importantes parâmetros, usualmente empregados em piscigranjas comerciais, são de muita importância para a conservação de espécies ameaçadas de extinção.
Na prática, conhece-se pouco sobre as características reprodutivas do surubim-do-paraíba. Levando-se em consideração a dificuldade da obtenção de exemplares na natureza, os aspectos relacionados à otimização do uso dos reprodutores devem ser investigados, especialmente no que diz respeito à racionalização e à conservação dos gametas de peixes nativos, revela a estudiosa.
Outras informações podem ser obtidas com a pesquisadora do Instituto de Pesca pelo e-mail eromagosa@pesca.sp.gov.br.
Centro de Comunicação do Instituto de Pesca
Antônio Carlos Simões
(13) 3261-5474
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424
Acompanhe a Secretaria de Agricultura:
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