Valor da produção agropecuária paulista atinge R$ 37,7 bilhões em 2008
Data da postagem: 18 Novembro 2008
O valor da produção agropecuária paulista em 2008 foi estimado em R$37,7 bilhões pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A estimativa, preliminar, representa aumento nominal (em moeda corrente) de 18,4% e real (descontada a inflação) de 11,6%, em relação ao valor do ano anterior. O valor da produção também foi calculado para os 40 Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDR) e as 15 Regiões Administrativas (RA).
O valor da produção é composto por 50 produtos, reunidos em cinco grupos: produtos para indústria (participação de 45,43% do total em 2008), produtos animais (27,29%), grãos e fibras (11,75%), frutas frescas (10,99%) e olerícolas (4,54%). O valor do grupo de produtos para indústria aumentou 12,5%, para R$ 17,14 milhões. No caso do grupo de produtos animais, o acréscimo foi de 23,2%, para 10,29 milhões. O grupo grãos e fibras teve ganho de 47,8%, para 4,43 milhões. Já o grupo de frutas frescas teve incremento 11,6%, para R$ 4,14 milhões. Por fim, o grupo das olerícolas aumentou 9,6%, para R$ 1,71 milhão.
O aumento estimado do valor total paulista em 2008 deve-se principalmente à elevação dos preços da maioria dos produtos. Estima-se que, sem a cana-de-açúcar, o valor da produção paulista, em 2008, contabiliza R$ 24,9 bilhões, 22,0% maior em valor corrente e 15,0% em valor deflacionado, em relação a 2007, dizem os autores do estudo. Os maiores aumentos dos preços ocorrem nos grupos de grãos e fibras (32,3%) e de produtos de origem animal (23,3%).
Ranking por produto
Os líderes do ranking do valor da produção foram cana-de-açúcar (R$ 12,85 milhões), carne bovina (R$ 5,03 milhões), laranja para indústria (R$ 2,74 milhões) e carne de frango (R$ 2,06 milhões), que juntos responderam por 60,2% do share acumulado, ou R$ 22,69 milhões. O milho, graças ao expressivo crescimento de seu valor (32,0%), troca de posição com a laranja para mesa, passando a ocupar a quinta posição na lista dos produtos em 2008, mostra o estudo. O milho atingiu o valor de R$ 2,05 milhões e a laranja para mesa somou R$ 1,58 milhão.
O valor da produção por EDR registrou queda de renda em apenas duas regiões: Araraquara (25,1%) e Mogi das Cruzes (2,4%). Já os maiores aumentos foram verificados nas regiões de Avaré (55,6%), Marília (55,4%), Pindamonhangaba (41,6%), Lins (40,9%), Franca (38,1%), Registro (38,1%), Itapetininga (37,4%) e Itapeva (37,1%).
O estudo classifica as regiões do Estado em diversificadas (ou desconcentradas) e especializadas (ou concentradas). Para isso, os autores usam o critério de avaliar a participação percentual do produto de maior valor da produção no valor total regional. No grupo das regiões de agropecuária diversificada, ou seja, de pequena participação do principal produto no valor total da região, destacam-se Sorocaba, Bragança Paulista e Itapetininga, onde a carne de frango é o produto de maior valor, detendo 12,3%, 13,6% e 14,1%, respectivamente. Logo em seguida, aparecem Campinas, com uva de mesa (17,0%); São João da Boa Vista, com a cana-de-açúcar (17,6%) e Avaré, com a carne bovina (18,1%).
No grupo das regiões de agropecuária concentrada, destacam-se Registro, com a banana (85,1% do valor da produção regional); São Paulo, também com a banana (74,2%), Orlândia, Ribeirão Preto, Araçatuba e Jaú, com a cana-de-açúcar (participações de respectivamente 75,2%, 74,2%, 62,6% e 62,2%).
A íntegra do estudo foi publicada na revista Informações Econômicas (out. 2008), cuja edição eletrônica está disponível no site www.iea.sp.gov.br.
José Venâncio de Resende/Maitê Laranjeira da Silva
Assessoria de Comunicação da APTA
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