Hoje, 29 de junho, o Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, homenageia pescadores e pescadoras, profissionais conhecedores de mares, rios e oceanos; espécies aquáticas; tábuas de marés; riscos diários e oportunidades que as águas têm e, sobretudo, da captura e do fornecimento de proteína de qualidade!
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas existem cerca de 110 milhões desses profissionais em todo o mundo. No Brasil são aproximadamente um milhão, contados só na pesca artesanal, distribuídos em 8, 5 mil quilômetros de costa e 42 mil quilômetros de rios no país.
A pesca é a ação de retirar recursos pesqueiros do seu ambiente natural. Nesta ação, destacam-se a pesca artesanal e a industrial, onde a primeira é uma das principais formas de exploração de espécies e responsável por boa parte da produção de pescado no Brasil, praticada principalmente por profissionais independentes e comunidades costeiras, que contribuem imensamente para a economia brasileira.
Já a pesca industrial é praticada com embarcações maiores e equipamentos mecanizados, geralmente por empresas, e se destaca pela produção de pescado para o mercado interno e externo.
Até 2030 o mundo precisa estar comprometido com as ações da Década do Oceano, ação criada pelas Nações Unidas em 2021. Afinal, o planeta é coberto por mais de 70% de oceanos, que são essenciais à vida neste planeta.
Segundo a pesquisadora Erika Fabiane Furlan “contamos com os oceanos para produzir mais da metade do oxigênio do planeta, bem como para fornecer sustento e empregos. Entretanto, nossos ecossistemas marinhos e aquáticos estão sob estresse e ameaça, consequência de descarga crescente de efluentes; lixo e poluição decorrente do crescimento da população mundial e do consumismo desenfreado, mudanças climáticas etc.”.
Pesca artesanal: urgência da valorização
Em São Paulo, por exemplo, a pesca artesanal exerce importante papel na Segurança Alimentar e Nutricional das comunidades de pescadores(as), como fonte de renda e alimento. Também existem comunidades tradicionalmente pesqueiras que se encontram em situação precária.
Por isso, existe a urgência de valorização da categoria e de se pagar um valor justo aos profissionais da pesca artesanal, já que, muitas vezes, os pratos de pescado têm elevado valor agregado, além de propiciar requinte e sofisticação à gastronomia; não apenas pela oferta de um produto de elevado frescor – já que é oriundo de uma cadeia curta –, mas também pelo importante valor social e nutricional.
Dentro deste contexto o Instituto Pesca, em parceria com algumas instituições públicas e privadas, compõe o coletivo UBÁ, que tem tratado da valorização do pescado artesanal como ferramenta de valorização social e de desenvolvimento sustentável para a pesca de pequena escala. Além disso, “o IP participa e desenvolve projetos de pesquisa como o Valoriza Pesca, que como o nome sugere visa à valorização da atividade pesqueira artesanal estuarina, além de atuar e promover ações junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, buscando caminhos viáveis para a garantia da qualidade deste produto e o reconhecimento do trabalho das mulheres neste processo”, explica a pesquisadora do instituto Erika Fabiane Furlan.
O Instituto de Pesca, em parceria com outros, também tem o papel de gerar dados para subsidiar políticos ou tomadores de decisão a entender o valor desta atividade e os processos envolvidos.
Para Furlan “na pesca e aquicultura sustentáveis é importante praticar a famosa frase : Pense globalmente, aja localmente!”.
Instituto de Pesca
O Instituto de Pesca é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica, vinculada à Agência Paulista de Tecnologias do Agronegócio (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem a missão de promover soluções científicas, tecnológicas e inovadora para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor da Pesca e da Aquicultura.
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