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Assim como o Timão e o Pumba você também pode comer insetos

O Live-Action de O Rei Leão chegou nesta quinta, 18 de julho, aos cinemas brasileiros, mostrando a dupla Timão e Pumba se alimentando de “guloseimas raras”, como diria o Timão. Existem no mundo aproximadamente 1.800 espécies de insetos que são utilizadas como alimento por populações humanas, 100 espécies são conhecidas para o Brasil. Um assunto presente na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo com a exposição Planeta Inseto, no Museu do Instituto Biológico (IB-APTA).

Lá é possível saber mais sobre a Antropoentomofagia, a alimentação humana a partir de insetos. As espécies criadas mais comuns usadas para a alimentação são: besouros tenébrios (Tenebrio molitor, Zophobas morio), grilos (Grillus assimilis), baratas-douradas (Nauphoetacinerea) e barata-de-Madagascar (Gromphadorhina portentosa).

São aproximadamente 443 espécies de besouros, 307 de formigas, abelhas e vespas, 235 de grilos e gafanhotos e 228 de borboletas e mariposas. De algumas se consomem os ovos, de outras as larvas ou então as larvas e pupas e, de outras, somente os adultos.

Os insetos são utilizados como alimento por cerca de três mil grupos étnicos em mais de 120 países. “No Brasil, a antropoentomofagia é apenas um tabu diante da nossa cultura alimentar atual. Podemos usar de exemplo a alimentação de pratos típicos japoneses, como o sashimi e sushi, que sofriam da mesma barreira cultural há algumas décadas, e atualmente são pratos comuns para parte da população brasileira”, disse o biólogo e educador do Museu do Instituto Biológico, Mário Kokubu.

No Brasil, a criação e venda de insetos para consumo humano ainda não está regulamentada. Mas alguns restaurantes especializados vendem pratos típicos de uma forma artesanal, como no caso da farofa de içá.

A “carne” dos insetos é composta das mesmas substâncias encontradas na dos animais vertebrados, como o boi, o porco, a galinha e o peixe. Uma das principais diferenças está no valor quantitativo: um inseto, como a formiga da espécie Atta cephalotes, por exemplo, possui 42,59% de proteínas contra 23% no frango e 20% na carne bovina, além de ser muito saborosa.

Esses animais contêm quantidades consideráveis de proteínas, lipídeos e ainda são ricos de sódio, potássio, zinco, fósforo, manganês, magnésio, ferro, cobre e cálcio, ou como diria o Pumba, “viscoso, mas gostoso”.

Curiosidades:
• Em 1983, o governo tailandês publicou receitas culinárias contendo gafanhotos como uma medida para controlar esses insetos no país.
• Na cultura brasileira há pratos típicos que usam insetos como ingredientes, como no caso da farofa de içá, onde o ingrediente principal é o abdômen da formiga tanajura, que é a formiga-rainha das saúvas.
• Um ingrediente curioso, derivado de inseto é o carmim. É um corante natural vermelho comumente usado em bolachas, iogurtes, bebidas, sorvetes, entre outros alimentos e até mesmo em cosméticos de mesma coloração. O carmim é proveniente da cochonilha do carmim (Dactylopius opuntiae).
• No Japão existe um Sushi com ninfa de “barata gigante” frita.
• No México eles comem tortilha de grilos ao guacamole.
• Em Uganda, na África, eles comem as Larvas de gorgulho de palmeiras (besouros Curculionidae)
• As Larvas de gorgulho também são servidas assadas na Indonésia.

Por: Adriana Luiza.

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