O saldo comercial do agronegócio paulista atingiu US$3,38 bilhões no período de janeiro a maio deste ano (queda de 0,9%, em relação ao mesmo período de 2008), segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Isto porque as exportações do setor atingiram US$5,60 bilhões (decréscimo de 9,5%), enquanto as importações caíram ainda mais (20,1%), para US$2,22 bilhões.
As importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$16,49 bilhões, para exportações de US$9,92 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 6,57 bilhões, dizem os autores do estudo Sueli Alves Moreira Souza, José Roberto Vicente e José Sidnei Gonçalves. “Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos ainda se mantiveram positivos embora cadentes.”
Já o superávit do agronegócio brasileiro caiu 5% nos primeiros cinco meses do ano, para US$18,66 bilhões, fruto da redução de 12,9% nas exportações do setor, para US$25,13 bilhões, e de recuo de 29,7% nas importações, para US$6,47 bilhões. “Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com importações de US$ 39,65 bilhões e exportações de US$ 30,35 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 9,30 bilhões”, concluem os técnicos do IEA.
Por sua vez, as exportações globais de São Paulo somaram US$ 15,52 bilhões (28,0% do valor nacional), enquanto as importações alcançaram US$18,71 bilhões (40,6% do total nacional) nos primeiros cinco meses do ano. Assim, a balança comercial paulista registrou déficit de US$3,19 bilhões, de acordo com a análise do IEA. Na conjunção da performance das exportações e das importações, o saldo da balança comercial paulista sofreu aumento do déficit, enquanto o da balança comercial brasileira apresentou elevação do superávit.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$9,36 bilhões de janeiro a maio, com exportações de US$55,48 bilhões e importações de US$46,12 bilhões. O saldo comercial aumentou 9,2% em função de queda de 23% das exportações, menor do que a diminuição das importações (27,3%). “Em linhas gerais, trata-se da manifestação da realidade da crise econômica mundial mais pronunciada sobre economias industriais, além de que todos os indicadores de comércio exterior apresentam recuos expressivos”, observam os pesquisadores.
“Nestes termos, a desvalorização da moeda nacional em decorrência da crise econômica reduziu aquisições externas em maior proporção que as vendas para o exterior, esta última afetada pela redução da demanda internacional além das dificuldades de financiamento do comércio internacional.”
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424
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