O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista registrou alta de 0,31% na primeira quadrissemana de dezembro. Quando a cana-de-açúcar, que no período teve queda de 0,81%, é excluída do cálculo do índice devido a sua importância na ponderação dos produtos, o IqPR atinge 1,30%, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
No período analisado, 12 produtos apresentaram variação positiva e oito tiveram queda (estes de origem vegetal). As maiores altas ocorreram nos preços do tomate para mesa (40,18%), banana nanica (10,53%), ovos (7,64%), carne suína (7,53%) e feijão (7,33%), afirmam Luís Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo, pesquisadores do IEA.
A oferta regular de tomate durou poucas semanas e seu preço voltou apresentar alta, caracterizando seu comportamento típico de “gangorra”.
Em um ano com clima completamente atípico, os preços da banana (que apresentaram baixas em mês padrão de pico) agora apresentam alta em período em que a queda de preços seria o normal.
Temperaturas muito elevadas ocorreram no final do inverno (agosto e setembro) e provocaram a mortalidade de elevado número de galinhas poedeiras. Some-se a isto a elevação dos preços do milho que estimulou a elevação geral dos preços dos produtos animais.
No caso da carne suína, o aumento nos volumes de cevados, direcionados ao mercado internacional, via exportação, reduziu a competição no mercado interno e melhorou os preços recebidos pelos suinocultores. O reforço na renda do consumidor dado pelo décimo terceiro salário e a proximidade das festas de fim de ano também estimulam a alta.
A ausência de chuvas em agosto e setembro atrasou o plantio das águas do feijão e, consequentemente, adiou o inicio da colheita, podendo levar a forte elevação de preços no mês de dezembro.
Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços nesta quadrissemana foram: batata (15,37%), soja (8,81%), e laranja para indústria (8,43%).
A produtividade da batata voltou ao normal, melhorando a oferta e consequentemente levando à queda nos preços quando comparados ao período anterior, afetado pelo forte calor do fim de inverno.
Para a soja, a divulgação de valores maiores para a safra norte-americana do produto pelo USDA/USA, além da expectativa da boa produção no mercado interno, influenciou a redução das cotações.
A queda nos preços da laranja para indústria pode ser atribuída ao fato de a oferta estar sendo superior à compra pelas indústrias.
A íntegra do artigo esta disponível em: www.iea.sp.gov.br.
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