O custo médio por hectare de produção no Estado de São Paulo, para o café cultivado entre os cafeicultores residentes na propriedade, é de R$5.471,95, enquanto que, entre os não-residentes, é de R$5.399,12, segundo estudo integrante do projeto CONAB/IEA/CATI, elaborado por pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O custo foi levantado a partir de pergunta inserida no questionário da previsão de safra de café relativa a julho-agosto/2010.
Os cafeicultores com áreas acima de 100,01 hectares, situados na região da Alta Mogiana de Franca, declararam possuir custos de produção de R$7.691,52/há, dizem os autores do trabalho, pesquisadores Celso Luis Rodrigues Vegro, Vera Lucia Ferraz dos Santos Francisco e José Alberto Ângelo. Por outro lado, os cafeicultores das demais regiões do Estado, com até 20 hectares explorados com a cultura, declararam custos por área de apenas R$4.816,00/ha. “Aparentemente, tal patamar pode decorrer da pouca especialização na cultura e aplicação de técnicas de manejo agronômico com baixa utilização de insumos modernos.”
As médias de custo obtidas a partir do valor declarado pelos entrevistados encontram-se bastante aderentes aos resultados de levantamento efetuado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (Projeto Campo Futuro). Em Piraju e Altinópolis, duas regiões paulistas onde prevalece a cultura do café, os técnicos do projeto contabilizaram para a safra 2010/11 valores de R$6.651,50/ha e R$6.070,77/ha de custo operacional efetivo (COE), respectivamente. Os estudos de caso basearam-se em propriedade de 50 ha e 20 sc./ha de produtividade, em Piraju, e 70 ha e 25 sc./há, em Altinópolis, correspondendo ao tipo segmentado dentro deste estudo entre 20 e 100 ha.
“O percentual de cafeicultores entrevistados que informaram desconhecer os seus custos não foi expressivo, excetuando-se entre os cafeicultores acima de 100,01 ha de exploração. Entre esses produtores, o desconhecimento dos custos alcançou 14% dos entrevistados. Aparentemente, tal resultado decorre de a informação ter sido colhida entre os administradores e/ou gerentes, que evitaram revelar dados provavelmente considerados ´sigilosos´.”
Link: íntegra do artigo “Cafeicultor: um produtor econômico racional”
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