O “Guia de Identificação de Doenças do Feijoeiro”, de autoria da pesquisadora Silvânia Helena Furlan, foi lançado, recentemente, pelo do Centro Experimental do Instituto Biológico (IB-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O propósito da publicação é o de auxiliar o diagnóstico das doenças desta importante cultura no Estado de São Paulo e de vários outros estados produtores.
O guia aborda ainda aspectos importantes do controle das doenças. A publicação, com 109 páginas, é inteiramente ilustrada com fotos que representam tanto os sintomas iniciais quanto os mais desenvolvidos das doenças. O guia está didaticamente dividido nos seguintes capítulos: importância da fenologia, doenças da parte aérea, doenças causadas por fungos de solo, anomalia de causa desconhecida – “sarna” e deficiências nutricionais. Deverá ser muito útil para engenheiros agrônomos que trabalham especialmente no campo, mas também para docentes, pesquisadores e estudantes.
A cultura do feijoeiro está sujeita a perdas devido ao grande número de doenças que incidem sobre a planta em diferentes etapas do desenvolvimento, afetando o seu potencial produtivo, diz a introdução do guia. Porém, o reconhecimento de sintomas e sinais, bem como o estudo epidemiológico das doenças, permite minimizar os prejuízos ocasionados e viabilizar a produção, por meio do uso de medidas idealizadas dentro de um programa de manejo sustentável.
Triângulo clássico
Segundo Silvânia Furlan, o controle das doenças baseia-se no conhecimento das relações feijoeiro-patógeno-ambiente, elementos estes interligados entre si. Esta inter-relação encontra-se representada esquematicamente pelo clássico triângulo na página 8 da publicação. “Espera-se que este guia venha auxiliar no diagnóstico das principais doenças da cultura e na aplicação de medidas viáveis de controle, minimizando assim as perdas decorrentes.”
O reconhecimento dos estádios fenológicos do feijoeiro (mudanças exteriores e transformações relacionadas ao ciclo da cultura) e o conhecimento das necessidades da planta, em cada etapa determinante do seu desenvolvimento, facilitam e tornam mais precisa a tomada de práticas importantes no manejo, visando assegurar o potencial produtivo da lavoura, prossegue a introdução. “Plantas em estádios vegetativos iniciais, por exemplo, apresentam alta predisposição ao ataque de fungos de solo que causam o tombamento de plântulas, por apresentarem tecidos mais tenros.”
Medidas que acelerem esse período podem permitir o escape ao ataque desses patógenos (organismo vivo causador de doenças), diz a pesquisadora do IB. Já outros patógenos, de parte aérea, são mais agressivos na fase de florescimento ou frutificação, quando as plantas têm seus mecanismos de defesa comprometidos por “priorizarem” a produção de grãos. Inúmeros fatores internos e externos podem influenciar e comprometer a planta e, de modo particular, cada estádio do seu crescimento.
Os interessados em adquirir a publicação devem entrar em contato com a autora pelo e-mail silvania@biologico.sp.gov.br.
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José Venâncio de Resende
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