As cestas de madeira e bambu, tradicionalmente utilizadas por produtores de morango, devem ser substituídas por cestas plásticas ou pela colheita definitiva nas cumbucas de comercialização. Esta é a conclusão parcial de pesquisas em andamento no Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Em artigo recente, a pesquisadora Marise Cagnin Martins Parisi, do Centro Experimental Central do IB, diz que, nas condições brasileiras, se acredita que a adoção das cestas plásticas desinfestadas seja a prática mais fácil e rápida a ser adotada. “O tipo de sanificante mais adequado para desinfestação destas cestas plásticas ainda está sendo avaliado.”
Há três anos, pesquisadores do IB realizam experimentos, em propriedade no município de Valinhos (SP), visando determinar o recipiente mais adequado para a colheita de morangos, conta Marise. Na safra 2007, dos quatro tipos de recipientes avaliados (cestas de madeira, de bambu, plástica e cumbuca plástica), a colheita definitiva na cumbuca de comercialização e em cestas plásticas proporcionou menor quantidade de doenças.
“Apesar de a colheita direta na cumbuca ter resultado em menor incidência de doenças, resultou em maior proporção de danos mecânicos, provavelmente devido à falta de prática do colhedor em acondicionar frutos de diferentes tamanhos diretamente na cumbuca, o que promoveu o prensamento de muitos deles. Na colheita convencional, os frutos somente depois de classificados por tamanho, nas casas de embalagem, são acondicionados nas cumbucas, colocando-se os menores embaixo.”
Em função desses resultados, nas safras posteriores testou-se, também, a colheita direta na cumbuca de base reta (diferente da tradicional de base trapezoidal) e a desinfestação das cestas plásticas com diferentes sanificantes, relata a pesquisadora do IB.
Resultados obtidos na safra 2009 reforçaram dados anteriores de que a colheita de morangos em cestas plásticas e direto na cumbuca de comercialização resulta em menor incidência de doenças, revela Marise. “Nesta safra, pode constatar-se, também, a importância da desinfestação das cestas plásticas e a igualdade do uso de cumbucas de bases trapezoidal e reta.”
A porcentagem de danos mecânicos não diferiu entre os tratamentos nas safras 2008 e 2009, diz a pesquisadora. “A diferença na incidência de doenças em morangos colhidos em diferentes recipientes pode ser atribuída à sobrevivência diferencial de inóculo dos patógenos nos mesmos. A cesta plástica, de superfície lisa e retentora de menor umidade, deve permitir menor permanência de inóculo de patógenos, quando comparada à cesta de palha e à de madeira.”
Link: íntegra do artigo “Efeito do recipiente de colheita na qualidade de morangos”
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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