O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista registrou alta de 2,19% na segunda quadrissemana de setembro. Os índices estão positivos desde a primeira quadrissemana de junho, perfazendo 14 quadrissemanas consecutivas de elevações, informa o Instituto de Economia Agrícola ( IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Os produtos que registraram as maiores foram: batata (62,17%), tomate para mesa (24,78%), carne de frango (21,81%), carne suína (16,44%), milho (13,41%), feijão (12,46%) e soja (12,34%), afirmam Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo, autores do artigo.
O clima quente e seco prejudicou a produtividade da batata e provocou a elevação de seus preços em relação ao período anterior, quando houve coincidência de safras paulista e mineira e produto de qualidade inferior devido às chuvas extemporâneas no mês de junho.
No tomate para mesa, variações no clima que reduziram a oferta nas regiões produtoras, aliadas à colheita de variedades mais valorizadas continuam provocando a acentuada elevação de preços.
Para as carnes de frango e suína, os aumentos nos custos de produção (reajustes nos preços da ração animal, principalmente milho e farelo de soja) levaram os produtores a majorar as cotações destas carnes. Ainda para os suínos, especulações relacionadas a uma reduzida oferta de animais e à (re) abertura do mercado russo e argentino também contribuem a elevação das cotações no mercado de cevados.
Milho, feijão, soja e trigo também apresentaram aumentos expressivos de preços contribuindo para pressionar a taxa de inflação na economia brasileira.
Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços foram: banana nanica (10,45%), laranja para indústria (9,29%), café (5,23%) e ovos (5,01%).
As chuvas inesperadas de junho propiciaram a propagação da “sigatoka negra” que prejudicou o desenvolvimento da produção de banana e levou à colheita da fruta de baixa qualidade, com consequente queda de preços em período em que o padrão sazonal indica pico de preços.
Demonstrando um aprofundamento da situação crítica já vivida pelos citricultores paulistas, os preços oferecidos pelas agroindústrias desincentivam muitos a investir na execução das colheitas e recoloca na ordem do dia as políticas negociadas de preços mínimos e de estocagem do suco de laranja.
Para o café, os valores recebidos pelos cafeicultores paulistas acompanharam a tendência de queda nos mercados internacionais.
No caso dos preços dos ovos, o aumento na oferta recente reduziu os preços recebidos pelos granjeiros. Numa realidade de custos reajustados com o elevado preço da ração animal, o descarte adiantado de poedeiras tem sido a alternativa encontrada pelos empresários do setor com o objetivo de ajustar a produção ao consumo.
No período analisado, 12 produtos apresentaram alta de preços (8 de origem vegetal e 4 de origem animal) e 8 apresentaram queda (6 vegetais e 2 de origem animal).
O artigo, com as tabelas, está disponível em www.iea.sp.gov.br.
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Nara Guimarães
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