Preços agrícolas: queda de 1,44% na segunda quadrissemana de novembro
Data da postagem: 19 Novembro 2008
O índice quadrissemanal de preços recebidos pela agropecuária paulista (IqPR) registrou queda de 1,44% na segunda quadrissemana de novembro, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Os preços dos produtos de origem animal retraíram 3,41%, enquanto os preços dos produtos vegetais apresentaram variação negativa de 0,64%.
As maiores quedas foram verificadas nos preços do feijão (39,38%), da batata (23,91%), tomate para mesa (17,09%), carne suína (16,67%), amendoim (14,66%), ovos (9,23%) e milho (8,69%). Os preços do feijão repercutem plenamente a diferença entre os últimos lotes da safra de inverno e os primeiros lotes da safra de verão que começou a ser colhida em São Paulo, dizem os autores da análise.
Já a redução nos preços do tomate aparenta estar dentro do típico padrão sazonal, observam os pesquisadores do IEA. Por outro lado, a redução nos preços do amendoim não condiz com as variações observadas em anos anteriores, que foram de pequena alta nessa época do ano, possivelmente por conta dos estoques de passagem do amendoim mais elevados em comparação aos níveis existentes no início do plantio da safra 2007/08.
No caso da batata, a variação negativa no período deve-se à fraca cotação do produto colhido na região de São João da Boa Vista, quando atingiu preços na ordem de R$ 12,50 a R$ 13,00 por saca de 50 kg no período de 29/10 a 11/11, dizem os técnicos. Já os preços dos suínos em São Paulo caíram em função da oferta de produto mais barato, originado de Santa Catarina.
Por sua vez, registraram altas de preços a banana nanica (9,59%), a laranja para mesa (7,22%), o arroz (2,53%), a cana-de-açúcar (1,77%), a laranja para indústria (0,56%) e o leite tipo B (0,23%). Enquanto os preços de ovos e leite tipo C continuaram suas trajetórias de queda, o preço do frango começou a recuperar-se, dado a relevância da exportação nesse mercado, com os preços internos crescendo na esteira da escalada ascendente do câmbio, fato que eleva a renda dos agropecuaristas, mas provoca reflexos inflacionários, dizem os técnicos.
A análise foi elaborada pelos pesquisadores Eder Pinatti (pinatti@iea.sp.gov.br); Raquel Castellucci Caruso Sachs (raquelsachs@iea.sp.gov.br); José Alberto Angelo (alberto@iea.sp.gov.br); José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br); e Luis Henrique Perez (lhperez@iea.sp.gov.br). A íntegra está disponível no site www.iea.sp.gov.br.
José Venâncio de Resende
Assessoria de Comunicação da APTA
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