O Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, assinou contrato com as empresas BML SOL Soluções Eletrônicas Ltda e Planejar Brasil para o desenvolvimento e avaliação de um Sistema de Identificação Eletrônica de Bovinos. O projeto, com o apoio técnico e administrativo da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa Agropecuária (FUNDEPAG), vai avaliar a viabilidade tecnológica dos produtos das empresas parceiras em área de produção de bovinos de corte do IZ - Unidade de Recria e Engorda de Bovinos de Corte, em Nova Odessa (SP).
O objetivo é discutir e conscientizar o produtor rural sobre a rastreabilidade e a certificação do produto final na cadeia produtiva da carne, diz o pesquisador e coordenador do projeto João José Assumpção de Abreu Demarchi. “A identificação animal, fator imprescindível para viabilizar a rastreabilidade, é ponto chave para futuras certificações de propriedades agropecuárias, visando à segurança alimentar, nichos de mercado, exportações e enfrentamento de barreiras não-tarifárias sanitárias, sociais e ambientais”, detalha.
Para isso, o pecuarista precisa administrar adequadamente seu sistema de produção, visando não apenas a sua sustentabilidade técnica e econômica, mas também à sustentabilidade social e ambiental, afirma ainda Demarchi. As pesquisas na área de produção de bovinos de corte, de forma sustentável, propiciarão sistemas de produção certificados, que irão possibilitar rastrear a origem dos produtos e garantir mercados internacionais, quebra de barreiras, uso racional dos recursos hídricos e redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE), assunto este tão evidente nos dias de hoje. “Poderemos chegar ao cliente final com uma carne ecologicamente correta e com melhor preço na gôndola”, ressalta.
De acordo com o pesquisador do IZ, para atender a exigências fitossanitárias de países importadores, os pecuaristas brasileiros têm tido dificuldades em eliminar um fator de produção sanitário elementar como a febre aftosa, e até mesmo doenças como brucelose e tuberculose, apesar do Programa Nacional de Combate e Erradicação de Brucelose e Tuberculose. Esta situação não pode ser mais admitida em sistemas de produção sustentáveis atuais, alerta.
“Até mesmo as inúmeras mudanças nas regras e estratégias do SISBOV (Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina) dificultaram e até desestimularam a sua adoção por parte dos pecuaristas, já que este assunto está estreitamente relacionado apenas com a exportação de carne bovina”, diz Demarchi.
Segundo o Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), há uma grande preocupação com a criação de barreiras não-tarifárias relacionadas a questões ambientais para exportação da carne brasileira, como a que já existe em relação à sanidade animal. Este fato desperta interesse e maior atenção, com vistas a aglutinar pesquisadores que trabalham sobre o assunto e que se disponham a aumentar e organizar todo o conhecimento disponível para enfrentar futuros questionamentos globais.
A identificação eletrônica de animais e o gerenciamento de rebanhos, conforme explica Demarchi, serão com certeza ferramentas básicas de administração destes sistemas de produção.
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