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Pesquisadora do IEA discute a exportações de amendoim

Poucos meses depois de ser apontado como capital do amendoim, Jaboticabal – município que integra a região da Alta Mogiana, tradicionalmente ligada à produção da leguminosa – tem bons motivos para comemorar. Juntamente com os municípios da Alta Paulista, outra localidade conhecida pela grande produção da leguminosa, já que a semente, mesmo amargando uma queda de -13,6% nos preços pagos ao produtor, conseguiu galgar três posições na estimativa preliminar do ranking do Valor da Produção Agropecuária (VPA), calculado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) e emplacou mais de R$ 845 milhões, em 2017.
A cultura do amendoim, importante na atividade agroindustrial da Alta Paulista e Alta Mogiana, regiões que concentram aproximadamente 96% da produção total do Estado de São Paulo, tem experimentado conquistas significativas, especialmente na última década quando apresentou crescimento de 12% em média por ano, explica Renata Martins Sampaio, pesquisadora do IEA. “Esse crescimento se deu apesar da retração de safra observada nos anos 2010 e 2014. No entanto, os ganhos na produtividade média contribuíram de forma considerável para os resultados apontados, uma vez que, em 2007, foi registrada a média de 2,4 t/ha e no último ano saltou 3,7 t/há”, comentou a pesquisadora, lembrando que o Estado de São Paulo responde por mais de 90% da produção nacional.
Comércio exterior
De acordo com a pesquisadora, o avanço da produção está sendo impulsionado pela demanda do mercado externo, destino de 60% a 70% do total de amendoim produzido. Essa ampliação acompanha o comportamento das exportações do agronegócio paulista que, em 2017, comparado a 2016, registrou alta de 5%, totalizando US$ 18,84 bilhões, montante que corresponde a 37% do total das exportações realizadas pelo Estado de São Paulo.
A partir de 2014, as exportações do amendoim descascado iniciaram uma trajetória de alta, tanto para volumes quanto para valores. Comportamento que se manteve nos anos seguintes. Porém, quando são observados os valores exportados, a mesma comparação indica cotações abaixo das registradas em 2015. Com relação aos destinos, em 2017, as exportações ficaram centralizadas em sete países que, juntos, representaram 86% do total das exportações, dentre os quais destacam-se Rússia, Holanda e Argélia, que concentram 65% das exportações.
O mesmo movimento não foi observado com relação às exportações de óleo de amendoim bruto, que, em 2017, registraram retração de 16% na quantidade. A redução também é verificada no total em valores exportados, em torno de 22%. Diferentemente do amendoim em grão, as exportações do óleo de amendoim têm espaço mais restrito na pauta de importações dos países e seu consumo está relacionado às características e particularidades culinárias das regiões e nações. Dessa forma, o destino das exportações brasileiras vem sendo dominado por dois países, Itália e China, explicou a pesquisadora.
O desempenho das exportações, especialmente do amendoim descascado, principal mercadoria da cadeia, está diretamente relacionado ao comportamento da produção agrícola, não só por conta do comportamento das lavouras e dos volumes produzidos com reflexos no aumento das safras, mas também na qualidade e padrões alcançados. Para a safra 2017/18, as previsões do IEA, realizadas em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), indicam aumento na área plantada e na produção, estimada em 482 mil toneladas, 6% superior que a safra anterior.
Para ler o artigo na íntegra e conferir os gráficos e tabelas, clique aqui.
Por: Nara Guimarães
Mais informações
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
(11) 5067-0069

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