O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, comemora nesta segunda-feira (dia 9) o 43º aniversário da instituição, com a presença da secretária Mônika Bergamaschi. Criado pelo Decreto 51.650, de 8 de abril de 1969, o IP tem como principal propósito gerar, adaptar e transferir conhecimentos científicos e tecnológicos para os agronegócios da pesca e aquicultura, possibilitando assim o uso racional dos recursos aquáticos.
Uma característica marcante do Instituto de Pesca nestes 43 anos é o diálogo que sempre manteve com o setor produtivo nas áreas da pesca marinha e da aquicultura, explica o pesquisador Edison Kubo, diretor da instituição. Diálogo este que, com base em estudos científicos, resulta em benefício econômico e social para o país, complementa.
Em seus experientes 43 anos, o IP vem, a partir da difusão do conhecimento especializado e da orientação técnica, promovendo a integração dos diferentes setores do segmento da pesca, através de parcerias com órgãos normativos e o setor produtivo, por exemplo, para subsidiar e alavancar várias iniciativas de desenvolvimento da atividade pesqueira, sempre com foco na segurança alimentar e na sustentabilidade do ambiente, diz o diretor.
Destaques
Entre as iniciativas recentes do IP, destaca-se o trabalho sistemático de controle e monitoramento da produção pesqueira marinha e estuarina, realizado em 2011em 243 pontos de desembarques pesqueiros de 16 municípios costeiros do estado de São Paulo. No ano passado, a instituição registrou cerca de 90 mil viagens pesqueiras, que resultaram em desembarque de 22 mil toneladas de pescado nos pontos monitorados. Esse tipo de trabalho registra informações sobre os principais tipos de pescado capturado, relacionando-os com os diferentes implementos utilizados na pesca.
Uma nova tecnologia, a biomolecular, foi desenvolvida pelo IP para a avaliação da diversidade genética de organismos aquáticos. Ela vem sendo utilizada na identificação de ostras no estuário de Cananéia, o que deverá favorecer um melhor ordenamento da ostreicultura no sul do estado de São Paulo, revela Kubo. Esta mesma técnica mostrou ser efetiva também no controle da pesca de tubarões, possibilitando a identificação das espécies protegidas por lei, contra a exploração irresponsável.
Uma técnica de aproveitamento de organismos indesejáveis (fauna acompanhante) dentro do processo de cultivo de mexilhão, desenvolvida pelo Instituto, resultou na possibilidade de aumento de mais de 50% no faturamento comercial observado nas operações de mitilicultura.
Outras ações, demandadas pelos setores público e privado, também compõem o foco do Instituto, como o suporte a operações de expansão portuária nos municípios de Santos e São Sebastião, bem como de prospecção, executadas para a exploração da camada pré-sal pela indústria de petróleo (gás e condensado). Essas ações incluem diversas avaliações e monitoramento dos impactos causados por esses empreendimentos no ambiente marinho e na atividade pesqueira.
A coordenação das Câmaras Temáticas de Pesca também é um destaque da participação efetiva do IP como instituição articuladora dos entendimentos entre o setor produtivo e os órgãos ambientais, cumprindo o importante papel de fornecer subsídio tecnológico para o estabelecimento da legislação pesqueira paulista.
Um novo processo de avaliação de estoques naturais de mexilhão, através da aplicação da técnica de monitoramento por fotoquadrados, foi experimentado. Trata-se de ferramenta não invasiva, prática e econômica, que minimiza o esforço de acompanhamento de bancos naturais desse recurso, cuja extração é controlada por portarias de ordenamento. Associada a informações biológicas e fotos aéreas, a tecnologia possibilita estimar a biomassa de mexilão disponível nos bancos naturais e, consequentemente, predizer a grandeza das safras desse recurso.
Em pesquisas realizadas para a avaliação da qualidade de novos produtos comerciais, com potencial para aproveitamento na aquicultura, o Instituto de Pesca desenvolveu técnicas alternativas para a utilização de probióticos em rações para peixes. Os principais resultados demonstram um aumento significativo dos índices zootécnicos (capacidade reprodutiva, crescimento e sobrevivência na piscicultura) e uma melhoria do sistema imunológico dos peixes, com consequente minimização do uso de quimioterápicos no processo produtivo, além da melhoria de propriedades nutricionais do produto final.
Recentemente também foi consolidado um estudo que culminou com a geração de diretrizes tecnológicas e com a determinação dos custos de implantação de uma unidade modelo para o processamento de resíduos gerados na indústria de filetagem de tilápia. Essa tecnologia proporciona o aproveitamento integral do material anteriormente rejeitado no processamento do pescado, minimizando os danos ambientais e aumentando o rendimento econômico.
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Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (011) 3871-7542 e 3871-7531
A íntegra do texto do jornalista Antonio Carlos Simões, do Centro de Comunicação do Instituto de Pesca, está disponível em www.pesca.sp.gov.br
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424