O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, caiu 1,19% na segunda quadrissemana de outubro, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A maior queda (1,89%) ocorreu no índice de preços dos produtos de origem animal, enquanto o índice de preços dos produtos de origem vegetal recuou 0,93%.
Entre os produtos pesquisados, nove apresentaram queda nos preços (seis do setor vegetal e três do segmento animal), enquanto 11 sofreram alta (oito de origem vegetal e três de origem animal). A redução mais expressiva ocorreu nos preços da laranja para indústria (11,96%); da laranja para mesa (7,89%); do feijão (5,89%); da carne de frango (5,45%), dos ovos (4,50%) e do trigo (4,06%).
Na colheita da laranja, as agroindústrias operam no limite da sua capacidade de moagem e numa realidade de demanda interna plenamente abastecida, dizem os pesquisadores Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves. Isto conduziu à queda dos preços, que atingiu patamares críticos para os produtores, abaixo do mínimo acordado entre o governo federal e o setor citrícola (Linha Especial de Crédito - LEC). “Esse comportamento de baixa reflete também para a laranja de mesa.”
Já o excesso de oferta de feijão de menor qualidade nas últimas semanas reduziu o preço médio recebido pelos produtores, observam os analistas do IEA. No caso da carne de frango, os preços internacionais recuam de maneira expressiva, após período de patamares elevados. “Quando convertidos em reais, chegam muito próximos dos praticados no mercado interno e em associação com ligeira redução da demanda.”
Por sua vez, o incremento substancial da oferta de ovos nas últimas semanas, finalizando o ciclo de alta dos preços, abriu espaço para o reposicionamento das cotações internas, levando ao recuo das cotações. Já o aumento da oferta interna de trigo, face à colheita da safra nacional, pressionou as cotações para baixo, numa conjuntura de preços internacionais cadentes.
As altas mais significativas foram verificadas nos preços da carne suína (13,02%); do leite C (6,79%); da batata (3,95%); do milho (3,32%) e da soja (2,87%).
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Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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