Em 2012, as exportações do Estado de São Paulo somaram US$ 59,35 bilhões (24,5% do total nacional) e as importações, US$ 77,82 bilhões (34,9% do total nacional), registrando déficit de US$ 18,47 bilhões, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Em relação ao ano de 2011, o valor das exportações paulistas decresceu 0,9% e o das importações, 5,3%, diminuindo em 17,1% o déficit comercial.
Os agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-4,8%), atingindo US$ 21,96 bilhões. As importações também diminuíram (-8,0%), somando US$ 9,47 bilhões, e o saldo, de US$ 12,49 bilhões, foi 2,2% inferior ao de 2011. Destaque-se que as importações paulistas nos demais setores, excluindo os agronegócios, somaram US$ 68,35 bilhões, enquanto as exportações patinaram na casa dos US$ 37,39 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 30,96 bilhões em 2012, ressalta José Roberto Vicente. “Assim, conclui-se que o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse o desempenho dos agronegócios estaduais”, afirma o pesquisador.
Detalhando a balança comercial dos agronegócios paulistas, verifica-se que as cadeias de produção apresentaram saldos comerciais decrescentes quando se compara o ano de 2011 (US$ 15,12 bilhões) com o de 2012 (US$ 14,24 bilhões). Os cinco principais agregados de cadeias de produção, nas exportações dos agronegócios paulistas em 2012, foram: cana e sacarídeas (US$ 9,27 bilhões), bovídeos – bovinos (US$ 2,64 bilhões), frutas (US$ 2,33 bilhões), produtos florestais (US$ 2,08 bilhões) e cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 1,53 bilhão). Esses cinco agregados representaram 81,3% das vendas externas setoriais paulistas.
Tiveram crescimento, na comparação de 2012 com 2011, as exportações paulistas de cereais/leguminosas/oleaginosas (+48,1%), bens de capital e insumos (+28,0%), flores e ornamentais (+17,0%), pescado (+11,1%) e agronegócios especiais (+1,5%). Houve redução nas demais, ou seja, produtos florestais (-5,9%), frutas (-6,2%), bovídeos – bovinos (-6,6%), têxteis (-10,3%), cana e sacarídeas (-10,5%), suínos e aves (-16,6%), café e estimulantes (-16,7%), fumo (-20,7%) e olerícolas (-22,9%).
Cenário Nacional
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 19,43 bilhões em 2012, com exportações de US$ 242,58 bilhões e importações de US$ 223,15 bilhões. Esse superávit menor que o de 2011 (-34,8%) ocorreu em função da queda nas exportações (-5,3%) superior à das importações (-1,4%).
As exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 0,8% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 99,68 bilhões (41,1% do total). Já as importações do setor diminuíram 4,0%, também na comparação com 2011, somando US$ 31,49 bilhões (14,1% do total). O superávit dos agronegócios em 2012 foi de US$ 68,19 bilhões, 3,2% superior ao do ano anterior. Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 142,90 bilhões e importações de US$ 191,66 bilhões, produziram um déficit de US$ 48,76 bilhões.
Em âmbito nacional, os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos agronegócios foram: cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 33,51 bilhões), cana e sacarídeas (US$ 15,08 bilhões), bovídeos - bovinos (US$ 9,66 bilhões), produtos florestais (US$ 9,44 bilhões) e suínos e aves (US$ 9,35 bilhões). Essas cadeias totalizam 77,3% das vendas externas dos agronegócios brasileiros.
Cresceram as exportações brasileiras de têxteis (+16,3%), cereais/leguminosas/oleaginosas (+15,6%), fumo (+11,0%), flores e ornamentais (+7,7%), bovídeos - bovinos (+3,5%). Nos demais grupos ocorreram diminuições: bens de capital e insumo (-0,6%), agronegócios especiais (-2,3%), suínos e aves (-3,3%), frutas (-3,7%), pescado (-4,9%), produtos florestais (-4,9%), olerícolas (-6,5%), cana e sacarídeas (-8,6%) e café e estimulantes (-25,0%).
A participação paulista no total da balança comercial brasileira subiu em termos das exportações (+1,1 ponto percentual) e caiu no tocante às importações (-1,4 ponto percentual).
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Nara Guimarães
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