O Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, trabalha para atender uma demanda do Egito para diagnóstico de língua azul em 17 mil bovinos, de até 12 meses, que serão exportados para o País. Sem essas análises, realizadas pelo Laboratório de Viroses de Bovídeos do IB, o Brasil não poderia exportar animais vivos. O IB mantém o único laboratório do País, acreditado com padrão internacional, para realizar as análises. Neste ano, o laboratório do IB já analisou mais de 20 mil amostras. Em anos anteriores, eram realizados em média cinco mil diagnósticos.
De acordo com a pesquisadora do IB, Líria Hiromi Okuda, a língua azul é uma doença endêmica no Brasil, por isso, o Egito exige como parte do protocolo de exportação as análises para identificar a doença nos animais. “Esta doença entra também nos protocolos para exportação de sêmen e embriões”, explica a pesquisadora.
A língua azul é uma doença infecciosa, a princípio não contagiosa e transmitida pela picada do mosquito infectado do gênero Culicoides spp. Não é considerada uma zoonose, ou seja, não causa doenças ao homem. Os bovinos são considerados reservatórios da doença e, normalmente, não apresentam sinais clínicos – daí a importância das análises laboratoriais. “Os ovinos e animais silvestres, diferentemente dos bovinos, ficam doentes e desenvolvem quadro hemorrágico que geralmente é fatal”, explica Líria.
As análises começaram a ser realizadas no Laboratório de Viroses de Bovídeos do IB em 24 de julho. A equipe de pesquisadores e técnicos do IB tem prazo de 15 dias para liberação dos resultados. O laboratório do Instituto é o único do país acreditado na norma internacional NBR ISO IEC 17025, relacionada à competência laboratorial, e credenciado junto ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para realização das análises de língua azul.
Em sete meses de trabalho neste ano, o Laboratório de Viroses de Bovídeos do IB já analisou mais de 20 mil amostras – quatro vezes mais do que o total de diagnósticos realizados em anos anteriores, incluindo exportação de animais vivos e de sêmen bovino. “Atendemos todo o Brasil e também o Chile, Argentina, Venezuela, Paraguai, Egito e Turquia”, afirma Líria.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, esses resultados mostram a competência técnica do Instituto Biológico para prestação de serviços. “O Governo do Estado de São Paulo investiu, nos últimos anos, em infraestrutura e modernização dos laboratórios. Isso permitiu a acreditação pelo Inmetro e credenciamento pelo MAPA, certificando a qualidade de nossos serviços”, afirma.
Por Fernanda Domiciano
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