Mosca-do-figo, desafio da pesquisa, será discutida em palestra no IAC-APTA
Data da postagem: 04 Junho 2008
O Instituto Agronômico (IAC-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, promove, no dia 10 de junho em Campinas, palestra sobre a mosca-do-figo, para discutir medidas destinadas ao desenvolvimento de um bom sistema de manejo desta que é a principal praga da cultura no Estado de São Paulo. O evento faz parte do Ciclo de Palestras de Fitossanidade do IAC, que ocorre uma vez por mês, nas tardes de terça-feira.
O objetivo do ciclo de palestras é fazer um balanço das pesquisas científicas em desenvolvimento, os resultados obtidos e o manejo das culturas frente aos problemas fitossanitários. No caso do figo, serão apresentados os resultados de pesquisa nos dez anos da presença da mosca-do-figo no Brasil, bem como serão discutidos os estudos ainda necessários, segundo o pesquisador César Pagotto Stein. Medidas de controle químico e biológico não apresentaram resultados satisfatórios até o presente momento. Poucos foram os trabalhos desenvolvidos com essa mosca, sob o enfoque agrícola.
A mosca-do-figo (Zaprionus indianus) foi observada pela primeira vez nas Américas na safra de 1998/99. Nessa época, causou prejuízos da ordem de 40% na produção de figo in natura, para o mercado interno e de até 80% do figo para exportação, segundo Stein. Imediatamente após sua introdução, essa espécie tornou-se a praga-chave da cultura do figo, sendo, até o momento, o único relato dessa ação danosa a uma cultura no mundo.
A palestra será realizada às 14 horas no Centro de Fitossanidade (Prédio da Fitopatologia), que fica na Fazenda Santa Elisa, do IAC, em Campinas. Outras informações podem ser obtidas com o pesquisador César Stein, pelo e-mail cpstein@iac.sp.gov.br.
A produção de figo para mesa no Estado de São Paulo, concentrada na região de Campinas, atingiu 3,9 milhões de engradados (1,50 kg) em 2007, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA). O valor de produção do figo foi estimado em R$ 19,6 milhões, de acordo com estudo do próprio IEA.
José Venâncio de Resende
Assessoria de Comunicação Social da APTA
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