Região de Marília é a principal empregadora em atividades não-agrícolas no meio rural
Data da postagem: 08 Abril 2009
A região administrativa (RA) de Marília foi a principal empregadora de pessoas engajadas em atividades não-agrícolas no meio rural em 2006 no Estado de São Paulo, com 34,6% (ou 47 mil pessoas), segundo estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Destacam ainda as regiões de Campinas (19,6% ou 26,58 mil pessoas), Presidente Prudente (19,2% ou 26,08 mil) e Ribeirão Preto (17,4% ou 23,62 mil).
São regiões que apresentam agroindústrias de grande porte (notadamente agroindústrias de açúcar e etanol, processadoras de leite, processadoras de aves, dentre outras), dizem os autores do trabalho Celma da Silva Lago Baptistella, Maria Carlota Meloni Vicente, José Eduardo Rodrigues Veiga, Carlos Eduardo Fredo e Vera Lúcia Ferraz dos Santos Francisco.
Com relação às pessoas residentes nas unidades de produção agropecuária (UPAs) que se ocupam de atividades industriais e de serviços na cidade, as principais regiões administrativas foram Campinas (70,6%), Presidente Prudente (11,4%), São José do Rio Preto (7,6%) e Marília (3,2%); ou seja, são regiões que possuem o setor secundário e terciário bem dinâmico.
Segundo os pesquisadores, as atividades econômicas rurais não-agrícolas referem-se às atividades industriais, ou seja, usinas de açúcar, de álcool, de leite, olarias, pequenas indústrias rurais etc.; às atividades administrativas em usinas e empresas agrícolas em geral; às atividades em serviços, tais como pesqueiros, hotelaria, turismo, complexos hípicos e parques temáticos. Ao se considerarem as médias anuais (exceto para 2000), constatou-se um crescimento de 23,8% nas ocupações não-agrícolas de 2000 para 2006.
Em novembro de 2000, do total de pessoas nas ocupações mencionadas, 74,7% (62.514 pessoas) encontravam-se nas atividades industriais, em função do porte das empresas, a maior parcela alocada nas grandes usinas/destilarias processadoras de cana-de-açúcar, usinas processadoras de leite, olarias, dentre outras. Com base nas médias anuais, observou-se que a participação das atividades industriais variou de um máximo de 81,1% em 2002 a um mínimo de 71,4% em 2005. Em 2006, essa participação atingiu 76,1%.
De acordo com os técnicos do IEA, outra pesquisa, também realizada por meio do levantamento por amostragem IEA/CATI sobre a indústria rural (exceto agroindústrias como usinas de açúcar, destilarias de álcool, extratoras de suco de laranja, fábricas de laticínios e outras grandes instalações) no Estado de São Paulo, concluiu que a ocupação de trabalhadores nesse segmento cresceu de 10.161 pessoas, em 2001, para 23.504 pessoas em 2004, com aumento de 131,3% (em média, 3 a 5 pessoas por UPA).
Ao se comparar as duas fontes de informações, conclui-se que a pequena indústria rural ocupava 11,7% do total da atividade industrial, passando a 27,9% em 2004. Acrescenta-se que a agregação de valor aos produtos agropecuários via industrialização em bases artesanais nas UPAs se pode constituir em promissora fonte de geração de renda e emprego para os produtores rurais e, também, de valorização do espaço rural, bem como a fixação do produtor no meio rural, preservando a sua identidade com a terra.
A íntegra do estudo está disponível no site www.iea.sp.gov.br.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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