A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, reunirá tecnologias para pequenos produtores na Vitrine Tecnológica para Pequenas Propriedades, na Agrishow 2017. No espaço, serão expostas tecnologias para produção de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), plantas medicinais e aromáticas, batata, batata-doce, cogumelo, maracujá e cachaça. O objetivo é transferir conhecimentos para que os agricultores consigam diversificar a produção e aumentar a renda.
Confira cada uma das tecnologias nos textos abaixo.
APTA orienta agricultores para produção de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) na Agrishow 2017
Objetivo é resgatar o cultivo e consumo desses alimentos, uma forma de agregar valor a produção e promover a segurança alimentar e nutricional
Fernanda Domiciano – Assessoria de Imprensa - APTA
Comer “mato” é gostoso, saudável e gera renda. Queridinhas entre os chefes de cozinha, as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) podem ser uma importante fonte de renda aos pequenos produtores rurais e de nutrientes aos consumidores. O Polo Regional de Pindamonhangaba, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, levará à Agrishow 2017, 16 espécies de PANC, que irão compor a Vitrine Tecnológica para Pequenas Propriedades. A ideia é resgatar o cultivo e consumo de PANC, uma forma de agregar valor à produção orgânica e promover a segurança alimentar e nutricional.
Na Feira, a APTA apresentará as PANC araruta, cúrcuma, ararutão, carás, em forma de tubérculos, e capuchinha, peixinho-da-horta, major-gomes, serralha, azedinha, caruru, mangarito, taioba, chuchu de vento, bertalha, vinagreira e ora-pro-nóbis, plantadas em vasos. A APTA realiza projeto de pesquisa que integra saberes científico e popular.
A pesquisadora da APTA, Cristina Maria de Castro, explica que para os produtores rurais familiares, as PANC podem ser uma importante fonte de renda, já que são facilmente cultivadas e possuem valor agregado. “São produtos diferenciados, que têm sido bastante buscados por chefes de cozinha e mercado gourmet”, afirma.
Os produtores que fornecem alimento para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) também podem receber mais com as PANC, já que o valor pago por alimentos orgânicos é 30% superior aos produtos não orgânicos. “A Lei Municipal 16.140 também prevê a introdução progressiva de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar no município de São Paulo. A ideia é inserir alimentos saudáveis, ricos em nutrientes, e livres de resíduos químicos na merenda escolar. É um filão de mercado muito interessante”, afirma.
Os projetos de pesquisa da APTA têm o objetivo de promover políticas públicas focadas na pesquisa participativa agrícola e desenvolver novos modelos de sistema de produção com base agroecológica, considerado as especificidades regionais. A intenção é estimular as famílias rurais a permanecerem no campo, com qualidade e respeito ao seu conhecimento, com geração de renda e produção diferenciada.
“São pesquisas que buscam o resgate, a domesticação e propagação das PANC em sistemas agroflorestais (SAF) e em plantio direto com adubação orgânica. A inserção das PANC na mesa dos consumidores é feita por meio da interação popular com o desenvolvimento científico e tecnológico, no âmbito de projeto de pesquisa com metodologia participativa”, explica Cristina.
As pesquisas envolvem a transferência de tecnologias relacionadas ao manejo das PANC, propagação de sementes e forma de preparo dos alimentos. “Duas vezes ao ano realizamos o ‘Saúde na Feira’, uma ação em feiras de municípios do Estado de São Paulo, em conjunto com produtores orgânicos de PANC e com uma chefe de cozinha que as prepara para degustação da população. Além disso, prestamos assessorias com palestras e implantação de Hortas Demonstrativas, em escolas para inserção das PANC na merenda escolar”, conta.
PANC começam a voltar à mesa
Segundo a pesquisadora da APTA, plantas como ora-pro-nóbis, serralha, caruru e araruta eram consumidas por nossos antepassados. Porém, a facilidade dos alimentos processados e o dia a dia agitado nas grandes cidades fizeram com que o consumo desses alimentos fosse sendo descartado. “A alimentação, hoje, é baseada em poucas espécies de plantas. As PANC, porém, são ricas em nutrientes e podem ser cultivadas em quaisquer espaços, inclusive nos jardins”, explica Cristina.
O movimento de resgate das PANC ganhou força com a adesão de renomados chefes de cozinha, como Alex Atala, Helena Rizzo e Inês Baconnot. “Eles ajudaram a popularizar esse assunto, principalmente na mídia. Além disso, criaram uma demanda para os produtores, já que utilizam as PANC em seus restaurantes. Mas é importante deixar claro, que as PANC podem ser consumidas e cultivadas em qualquer local”, afirma.
Inspirados pelos chefes de cozinha e conscientes da importância do papel da alimentação para prevenção de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes tipo II, problemas cardiovasculares e obesidade infantil, os consumidores passaram a procurar por esse tipo de produto e a resgatar um hábito alimentar de seus antepassados.
“A APTA tem realizado trabalho de empoderamento da população sobre as técnicas de cultivo e as formas de uso das PANC na alimentação, destacando os benefícios à saúde, valorizando a cultura regional e preservando a biodiversidade. Queremos promover a ‘alimentação saudável de verdade’ e explicar paras pessoas que nossa cultura alimentar e a conservação da sociobidiversidade são alicerces para uma vida saudável”, diz a pesquisadora.
Para Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, as pesquisas com PANC são importantes por gerar renda no campo, melhorar a vida do produtor rural e disponibilizar alimentos saudáveis à população. “Essas são as principais diretrizes do governador Geraldo Alckmin para a Pasta”, afirma.
Plantas medicinais e aromáticas podem diversificar produção e aumentar a renda de pequenos produtores
APTA fará a exposição de mentas, cidreiras e boldos na Agrishow 2017
Fernanda Domiciano – Assessoria de Imprensa - APTA
Um chazinho de cidreira para melhorar o estômago, um de boldo para limpar o fígado. É comum o uso – no campo e na cidade – das plantas medicinais e aromáticas. Além dos benefícios para o corpo, elas também podem ser uma importante fonte de renda, principalmente, a pequenos produtores rurais. Pensando nisso, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, fará a exposição de diversos tipos de plantas medicinais e aromáticas, como menta, cidreira e boldo, em vasos. Os materiais compõem a Vitrine Tecnológica para Pequenas Propriedades, no estande da Secretaria de Agricultura.
Segundo a pesquisadora da APTA, Sandra Maria Pereira da Silva, as plantas medicinais e aromáticas podem ser interessantes para diversificar a produção e aumentar a renda nas pequenas propriedades. “As plantas medicinais e aromáticas são bastante utilizadas na indústria farmacêutica, alimentícia e cosmética, por isso, têm valor agregado, sendo interessante para pequenos produtores”, afirma.
O grande gargalo do uso desse tipo de planta na indústria, segundo a pesquisadora, é a perda do princípio ativo, decorrente de erros na produção e no processo de pós-colheita, como beneficiamento, desidratação e armazenamento. “Sem o princípio ativo, a indústria não consegue obter bons produtos a base das plantas medicinais e aromáticas. Realizamos trabalhos para orientar os agricultores a fazer o manejo correto destas culturas no campo, na colheita e na secagem. O objetivo é ensinar o produtor a levar para o processamento uma planta de boa qualidade resultando em matéria-prima com alto teor de princípios ativos desejados”, explica.
Além do uso industrial, as plantas aromáticas e medicinais são interessantes para repelir determinadas pragas e doenças em outras culturas da propriedade. “Ao cultivar tomate, por exemplo, o produtor pode plantar alfavaca que irá repelir algumas pragas da cultura. Algumas plantas medicinais e aromáticas são utilizadas, inclusive, para pulverização em hortícolas”, conta Sandra.
As pesquisas da APTA envolvem a transferência de tecnologia, manutenção de uma coleção com 60 espécies de plantas medicinais e aromáticas e o desenvolvimento de produtos naturais a base óleos essenciais para o controle de ectoparasita em animais. Os trabalhos são desenvolvidos no Polo Regional de Pindamonhangaba da APTA.
Benefícios para o corpo
As plantas medicinais e aromáticas são bastante utilizadas pela população. Mas, nem sempre, as pessoas sabem exatamente qual planta utilizar para resolver, ou amenizar, determinada dor ou doença. Sandra explica que a diversidade de plantas medicinais e aromáticas é grande dentro de uma mesma espécie. Por isso, a ideia da APTA é apresentar ao público da Agrishow quatro tipos de menta, cinco de cidreira e três de boldo entre outras espécies.
“Às vezes a pessoa toma um chá de boldo do tipo ornamental, mas para o problema que tem, seria melhor o uso do boldo baiano. Vamos ensinar os visitantes da Feira a fazer esse tipo de identificação”, explica a pesquisadora. “Mas é importante que se procure sempre a orientação de um profissional da saúde, porque chá é remédio, e, portanto, deve-se utilizá-lo em quantidade, horário e tempo determinados”, ressalta. Durante a Agrishow, o público poderá sentir a textura das folhas e o cheiro de cada uma das plantas medicinais expostas pela APTA.
“Trabalhos como esse mostram a importância da pesquisa para a geração de renda, diversificação de renda e transferência de conhecimentos para a população. Essas são recomendações do governador Geraldo Alckmin”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Novo sistema da APTA produz até quatro vezes mais batata semente com 90% menos de água
Fernanda Domiciano – Assessoria de Imprensa - APTA
A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, mostrará na Agrishow 2017 seus trabalhos para o desenvolvimento e adaptação no Brasil do sistema de aeroponia, para produção de batatas sementes, sem a necessidade de solo ou substrato. Com o sistema pioneiro proposto pela APTA no País, é possível produzir até quatro vezes mais de batata semente, com 90% menos água. Na Feira, os pesquisadores da APTA mostrarão ao público as batatas sementes produzidas no sistema e tirarão dúvidas dos produtores e empresas de semente.
A aeroponia consiste no cultivo em estufa de batatas sementes sem a necessidade de solo ou substrato. No sistema, as raízes ficam suspensas e a planta é alimentada por nebulização de gotículas de água carregadas de nutrientes. “Pelo fato de a planta ficar com o sistema radicular exposto, temos a possibilidade de colher as batatas sementes de maneira escalonada, ou seja, é possível fazer a colheita no momento em que os tubérculos chegarem ao tamanho desejado pelo agricultor”, explica Thiago Factor, pesquisador do Polo Regional de Mococa da APTA.
A nebulização é feita em circuito fechado, em que a água e os nutrientes são tratados com luz ultravioleta, que elimina possíveis micro-organismos que podem provocar doenças nas plantas de batata. Desta forma, a solução nutritiva, livre de contaminações, é pressurizada no sistema e retorna por gravidade. “A recirculação da água, aliado a não necessidade de solo ou substrato para cultivo e o sistema radicular aéreo, tornam a aeroponia objeto de estudo da NASA, agência espacial americana, para uso em locais sem gravidade”.
Com a aeroponia é possível ainda produzir até quatro vezes mais batatas sementes. Factor explica que em um sistema tradicional de cultivo, em solo ou substrato, cada planta produz no máximo dez tubérculos. Na aeroponia, é possível produzir até 40 tubérculos por planta. “Essa alta produtividade é muito interessante para as empresas produtoras de semente de batata. Os custos de implantação do sistema aeropônico são superiores aos sistemas tradicionais, porém, a economia de água e a alta produtividade, o faz ser mais vantajoso e rentável”, afirma o pesquisador.
Produção de batatas sementes com sanidade
Outra vantagem do sistema é a produção de batatas sementes com sanidade. Factor explica que, atualmente, o Brasil é importador de sementes de batata. Cerca de seis mil toneladas de batata-semente, no valor de US$ 8.000.000 são importadas por ano pelo Brasil de países como Holanda, Argentina, Canadá, Estados Unidos e Chile.
“Essas batatas sementes importadas podem trazer pragas e doenças que não temos no Brasil e prejudicar a produção nacional. Além disso, estamos enviando nosso dinheiro para fora. A ideia é que as empresas de sementes brasileiras utilizem o sistema para produzirem mais batatas sementes para disponibilizar aos agricultores brasileiros”, explica.
A empresa CBA Sementes, de Divinolândia, interior paulista, já adotou o sistema proposto pela APTA, desde 2015. “Disponibilizar aos produtores tecnologias que possibilitam produzir mais, melhor e com menos recursos ambientais é o que orienta o governador Geraldo Alckmin”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. As pesquisas da APTA com aeroponia iniciaram em 2010 e desde 2012, os trabalhos contam com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Tecnologia da APTA permite aumento da produtividade da batata-doce
Fernanda Domiciano – Assessoria de Imprensa - APTA
Projeto desenvolvido no Polo Regional de Presidente Prudente da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, permite aumentar a produtividade de batata-doce. Alguns produtores chegam a produzir 17 toneladas por hectare. Na Agrishow 2017, pesquisadores da APTA apresentarão tecnologia de limpeza fitossanitária da planta, que resulta no aumento de produção e renda ao produtor e na oferta de produto ao consumidor. A tecnologia será exposta na Vitrine Tecnológica para Pequenas Propriedades, no estande da Secretaria de Agricultura.
O trabalho desenvolvido pela APTA em Presidente Prudente, maior região produtora de batata-doce do Estado, identificou que os maiores entraves na produção eram os problemas fitossanitários, com reflexos negativos na produtividade da cultura. Para ajudar a solucionar os problemas, pesquisadores da Agência começaram a multiplicar ramas de batata-doce a partir de matrizes livres de vírus.
Segundo a pesquisadora da APTA, Sônia Maria Nalesso Marangoni Montes, dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) refletem o ganho de produtividade obtido pelos produtores de batata-doce. De acordo com o IEA, houve incremento de 22% na produtividade da batata-doce em Presidente Prudente, Araçatuba e Sorocaba nos últimos três anos. “Temos observado em alguns produtores selecionados produtividade média de 15 a 17 toneladas por hectare”, afirma.
Segundo ela, no início do projeto poucos produtores aceitaram testar o material livres vírus, porém, com os bons resultados, outros se mostraram interessados em também montar um viveiro com matrizes de qualidade fitossanitária. “Atualmente, o uso de matrizes livres de vírus está consolidado na região, responsável por 25% da produção paulista de batata-doce”, afirma Sônia. Antes da pesquisa desenvolvida pela APTA, os produtores adquiriam as ramas a partir de plantas de lavouras comerciais, já em época de colheita, sem considerar as condições de nutrição e sanidade.
“Trabalhos como esse mostram a importância da pesquisa científica para o agricultor e a necessidade da pesquisa estar próxima dos produtores, uma das recomendações do governador Geraldo Alckmin”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
APTA apresentará tecnologias que aumenta em 40% os lucros dos produtores de cogumelos
Giulia Losnak – Assessoria de Imprensa – APTA
Tecnologia que aumenta em 40% os lucros dos produtores de cogumelos será apresentada na Agrishow 2017 pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Trabalho realizado no Polo Regional de Monte Alegre do Sul da Agência permitiu que o valor da produção dos fungicultores saltasse de R$ 0,50 a R$ 0,85, por quilo de cogumelos, para R$ 2,80 a R$ 5,00, pelo mesmo volume. As pesquisas da APTA incentivam o cultivo e a comercialização de cogumelos frescos. A ideia é driblar a concorrência com o cogumelo em conserva importado.
Durante a Agrishow, serão apresentados pela APTA, o cultivo do shimeji preto, hering e nameko em garrafas, e o cultivo convencional de blocos de Champion de Paris, principalmente, na fase de semente, colonização e produção dos fungos. Além disso, serão expostos sacos de shimeji branco, outra maneira de produção, na qual, o composto é colocado em um saco cheio de furos, pelos quais saem os cogumelos.
Segundo o pesquisador da APTA, Daniel Gomes, o objetivo é transferir tecnologias para a cadeia fungícola, muito caracterizada pela agricultura familiar. “A ideia é mostrar esse mercado, que traz alta rentabilidade, em uma Feira que possibilita contato com produtores de feno, bagaço de cana e outros componentes que podem ser aplicados no composto utilizado para a produção dos cogumelos”, diz. Os trabalhos da APTA com cogumelos serão expostos na Vitrine Tecnológica para Pequenas Propriedades, no estande da Secretaria de Agricultura.
A Associação Nacional dos Produtores de Cogumelos (ANPC) estará representada na Agrishow com a presença do presidente da associação, Jan Haasjes, no estande da Secretaria de Agricultura. Segundo Gomes, a associação congrega todos os produtores brasileiros de cogumelos e tem o objetivo de disseminar a cultura e o consumo dos cogumelos no País e ser uma ferramenta de defesa de mercado.
APTA apresenta na Agrishow 2017 tecnologia para cultivo de mudas altas de maracujá que evita contaminação por vírus
Giulia Losnak – Assessoria de Imprensa – APTA
A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, fará a exposição de mudas altas de maracujá, que medem 1,6 m, aproximadamente, na Agrishow 2017. Com a tecnologia proposta pela Agência é possível evitar a contaminação das plantas pelo Cowpea aphid-borne mosaic vírus (CABMV) e produzir a fruta nos meses de dezembro a março, quando o mercado apresenta seus melhores preços.
A tecnologia consiste na produção das mudas de maracujá de maneira protegida, em estufas, o que permite o porte alto por ocasião do plantio. No sistema tradicional, as mudas vão a campo com cerca de 30 centímetros, entre os meses de março e abril. “Esse período coincide com o de produção da safra anterior, resultando na infecção precoce com o CABMV e em queda de produção e qualidade do fruto”, explica Nobuyoshi Narita, pesquisador da APTA.
Segundo ele, no modelo de produção que será apresentado na Agrishow, as mudas podem ser levadas a campo com, aproximadamente, 1,6 m de altura, em agosto, após a eliminação da cultura anterior. “Assim, evita-se a contaminação precoce da nova área. Antes de ocorrem as epidemias com o CABMV, o maracujá era considerada uma cultura perene, sendo cultivado por mais de três anos. Atualmente, é necessário fazer o plantio anual”, diz.
Os trabalhos da APTA com maracujá ficarão expostos na Vitrine Tecnológica para Pequenas Propriedades, no estande da Secretaria de Agricultura. “Uma das diretrizes do governador Geraldo Alckmin é darmos atenção justamente aos pequenos produtores paulistas”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Cachaça artesanal é opção para agregar renda ao pequeno produtor
Giulia Losnak – Assessoria de Imprensa – APTA
Os trabalhos com cachaça artesanal desenvolvidos pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, serão expostos na Agrishow 2017. O processo de produção da bebida, que pode agregar renda aos pequenos produtores, será exposto na Vitrine Tecnológica Sustentável para Pequenas Propriedades, no estande da Secretaria de Agricultura.
O objetivo é demonstrar ao pequeno produtor, principalmente o de cana-de-açúcar, que é possível agregar valor na sua renda bruta com a produção de cachaça artesanal. “Uma tonelada de cana-de-açúcar entregue para usina equivale a, aproximadamente, R$ 60,00, e uma tonelada de cana transformada em cachaça equivale a, aproximadamente, R$ 400,00”, afirma Gabriela Aferri, pesquisadora da APTA.
Pensando nisso, os técnicos da APTA, Valmira Cruzeiro e Valdir Lotti, juntamente com a pesquisadora, apresentarão as ferramentas utilizadas no processo de fabricação da bebida, entre elas, o alambique e as dornas, facilitando o entendimento do processo pelos produtores. “Os agricultores poderão tirar dúvidas de como produzir a cachaça e quais são os materiais necessários. Estaremos lá para proporcionar esse apoio ao pequeno agricultor que deseja iniciar sua produção”, diz Valmira. No estande, também será feita a exposição das cachaças produzidas durante treinamentos anuais na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Jaú da Agência.