Quatro Institutos de pesquisa ligados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, foram contemplados na chamada “Desenvolvimento Institucional de Pesquisa dos Institutos de Pesquisa no Estado de São Paulo”, realizada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). No total, serão aplicados R$ 49,765 milhões em propostas apresentadas pelo Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e Instituto de Zootecnia (IZ).
Além de recursos de capital e custeio, o valor inclui apoio da FAPESP por meio de bolsas de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) e de Pesquisa no Exterior (BPE), Auxílio à Pesquisa – Pesquisador Visitante, além de recursos dos programas de Equipamento Multiusuário (EMU), Políticas Públicas, Pesquisa em Parceira para Inovação Tecnológica (PITE) e Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.
“O objetivo é modernizar os Institutos de pesquisa do Estado. Além de contemplar a aquisição de equipamentos modernos, o edital deu grande ênfase à capacitação de pessoal de alto nível científico e tecnológico, capaz de utilizar esses equipamentos adequadamente”, diz José Goldemberg, presidente da FAPESP.
“Os planos de desenvolvimento institucional em pesquisa apresentados pelos Institutos estão ligados a quatro dimensões: capacidade de criar novos conhecimentos, acessar conhecimento do exterior, interagir com instituições referencias na área, principalmente internacionais, e criar capacidade de inovação em diversas áreas. Esperamos que essa nova modalidade de recurso oriundo da FAPESP tenha muito êxito e possa se tornar ferramenta de apoio aos Institutos de pesquisa do Estado”, afirma Orlando Melo de Castro, coordenador da APTA.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, a aprovação dos projetos mostra a capacidade técnica dos Institutos. “Esse recurso será fundamental para dinamizar os Institutos, que desenvolverão projetos inovadores, uma recomendação do governador Geraldo Alckmin”, diz.
Projetos aprovados
O plano de desenvolvimento institucional do IAC receberá investimentos de R$ 13,250 milhões. O objetivo é aprimorar as condições de pesquisa e o desenvolvimento de produtos e processos direcionados às cadeias agrícolas, com impactos diretos na geração de ciência e pacotes tecnológicos para o setor de produção.
O recurso será utilizado para a aquisição de equipamentos, serviços e investimentos em bolsas de pesquisa nacionais e internacionais. “Isso permitirá a ampliação de programas de melhoramento genético vegetal, a geração e a aplicação de tecnologias voltadas às diferentes culturas, além do desenvolvimento de produtos e processos inovadores”, afirma Marcio Koiti Chiba, pesquisador e assessor da diretoria-geral do IAC.
O IB será contemplado com R$ 11,731 milhões para investir em três áreas: genômica aplicada às sanidades animal, vegetal e proteção ambiental; inovação tecnológica em sanidade animal; e controle biológico. Para isso, o Instituto pretende implantar uma Unidade Laboratorial de Genômica e Bioinformática, Unidade de Inovação Tecnológica em Sanidade Animal e Unidade de Inovação em Controle Biológico.
O IB será contemplado com R$ 11,731 milhões para investir em três áreas: genômica aplicada às sanidades animal, vegetal e proteção ambiental; inovação tecnológica em sanidade animal; e controle biológico. Para isso, o Instituto pretende implantar uma Unidade Laboratorial de Genômica e Bioinformática, Unidade de Inovação Tecnológica em Sanidade Animal e Unidade de Inovação em Controle Biológico.
A ideia é que o Instituto esteja apto a médio e longo prazo para implantar competências em análises de bioinformática aplicadas à pesquisa genômica em sanidade animal, vegetal e ambiental e se consolidar como referência no diagnóstico molecular de doenças, pragas e parasitos de plantas e animais. “Esse investimento também será importante para o IB disponibilizar estirpes virais e outros materiais biológicos caracterizados molecularmente para a produção de vacinas e outros insumos para a sanidade animal e ser referência no desenvolvimento de novos métodos de controle biológico de pragas e doenças”, afirma Ana Eugênia de Carvalho Campos, pesquisadora e diretora-substituta do Instituto.
Segurança e saudabilidade de alimentos e inovação em produtos e processos foram as duas áreas estratégicas definidas pelo ITAL em seu plano de desenvolvimento institucional, contemplado com R$ 13,164 milhões. A área de segurança e saudabilidade de alimentos terá foco na investigação da contaminação química e redução da contaminação microbiológica dos alimentos e melhoria de aspectos nutricionais. A área de inovação em produtos e processos abordará o desenvolvimento de ingredientes, novos produtos, processos e formulações, materiais e embalagens e produtos e ingredientes obtidos a partir do aproveitamento de resíduos da indústria de alimentos.
Segundo Eloísa Garcia, diretora-substituta do ITAL, parte dos investimentos será voltada à melhoria da capacidade analítica dos laboratórios do Instituto para análise de alimentos e de embalagens que requerem mais sensibilidade e seletividade devido a complexidade dos produtos e a natureza das contaminações, a fim de que a pesquisa científica consiga acompanhar os desafios atuais da geração de conhecimento. “Por outro lado, a inovação em processos e produtos requer a modernização de plantas pilotos estratégicas, com capacidade mais adequada ao desenvolvimento de inovações em produtos e ingredientes”, explica.
O IZ receberá investimento de R$ 11,665 milhões para desenvolver pesquisas em três áreas estratégicas: produção sustentável de carne, produção sustentável de leite e sistemas integrados de produção agropecuária.
De acordo com Renata Helena Branco Arnandes, diretora-geral do IZ, a aplicação dos investimentos da FAPESP potencializará o desenvolvimento das ações de pesquisa já em andamento. “Com os investimento será possível ampliar a competitividade da economia paulista no foco produção de carne e leite de qualidade e sistemas integrados de produção, avançar em direção à economia do conhecimento e ao desenvolvimento tecnológico, formar pessoal qualificado, fomentar a pesquisa e a inovação e integrar as atividades de pesquisa com as necessidades da economia e da sociedade”, afirma.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
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