bannergov2023 
×

Aviso

There is no category chosen or category doesn't contain any items

Preços agrícolas subiram 4,12% no acumulado de 2008

O índice quadrissemanal de preços recebidos pela agropecuária paulista (IqPR) subiu 4,12% em 2008, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Os preços dos produtos de origem animal aumentaram 4,62%, enquanto os produtos vegetais apresentaram variação positiva de 3,58%. Os autores da análise destacam que os preços agrícolas em 2008 não estivaram entre os que mais pressionaram os índices de inflação. Tanto o IqPR - que contempla todos os produtos – quanto os indicadores parciais para produtos animais e vegetais tiveram variações anuais possivelmente menores do que os acumulados anuais do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial. As maiores altas, quando se compara dezembro de 2008 com o mesmo mês de 2007, foram verificadas nos preços do tomate de mesa (299,14%), arroz (46,69%), carne bovina (12,13%), cana-de-açúcar (7,89%), soja (3,18%) e leite tipo B (1,67%). Por sua vez, as quedas mais acentuadas ocorreram nos preços do feijão (56,54%), milho (43,61%), amendoim (42,36%), laranja para indústria e mesa (40,00% e 39,56%), batata (34,91%) e banana nanica (28,18%). Porém o comportamento dos preços agropecuários não foi o mesmo durante o ano de 2008, segundo os pesquisadores do IEA. Foram “duas realidades distintas, tendo como divisor de águas a crise econômica que eclodiu no final do primeiro semestre. Nos primeiros seis meses, verificou-se uma escalada de aumento de todos os índices de preços agropecuários”. Já no segundo semestre, “todos os indicadores de preços agropecuários despencaram para níveis que, conquanto ainda superiores aos observados no início do ano de 2008, são muito menores que os verificados no final do primeiro semestre do ano. Isto porque os preços internacionais de commodities reduziram-se expressivamente em decorrência da crise econômica”, dizem os técnicos. “Essa gangorra de preços de forma alguma se mostra interessante para os agropecuaristas, dado que o investimento notadamente em inovação está associado à formação de expectativas em realidade de estabilidade econômica”, observa os pesquisadores do IEA. “A volatilidade dos mercados é um elemento inibidor dessa decisão estratégica de modernização produtiva.” Além disso, “a trajetória dos indicadores de preços agropecuários em 2008 mostra que, no período de decisão de plantio da safra de verão, no final do primeiro semestre de 2008, os patamares de remuneração do produto de lavouras e criações estavam no pico – o que também de forma concomitante ocorreu com insumos como fertilizantes e óleo diesel”. Assim, na safra de verão 2008/2009, verificou-se “situação de descompasso entre preços e custos, afetando a rentabilidade da agropecuária”. Quando muitos produtores já haviam feito o preparo do solo e/ou semeado - e não mais tinham como reverter a decisão de plantio sem perdas -, os indicadores de preços agropecuários diminuíram abruptamente. Os pesquisadores do IEA concluem que “preços agropecuários elevados para um produto não significa ganhos extraordinários para os produtores, uma vez que tais preços são elevados exatamente porque não há produção disponível no campo. E preços baixos normalmente significam abundante oferta. Assim, quando tem o produto, o agropecuarista não tem preço; e quando tem preço, não tem o produto”. A análise foi elaborada pelos pesquisadores Eder Pinatti (pinatti@iea.sp.gov.br); Raquel Castellucci Caruso Sachs (raquelsachs@iea.sp.gov.br); José Alberto Angelo (alberto@iea.sp.gov.br); José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br); e Luis Henrique Perez (lhperez@iea.sp.gov.br). Assessoria de Comunicação da APTA José Venâncio de Resende (11) 5067-0424

Notícias por Ano