Aumento de lodo de esgoto na agricultura gera maior demanda por pesquisas e tratamento
Data da postagem: 08 Janeiro 2009
O aumento na quantidade produzida de lodo de esgoto já começa a gerar maior demanda por pesquisas sobre a sua utilização na agricultura, principalmente em relação ao seu efeito na contaminação do solo, das águas e das plantas com metais pesados e patógenos. Está tomando corpo com velocidade significativa o interesse em se tratarem os esgotos sanitários não só por parte dos municípios como também pelas indústrias que buscam o certificado ISO 14001, diz o pesquisador Otávio Antonio de Camargo, do Instituto Agronômico (IAC-APTA) vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Segundo Camargo, o tratamento dos esgotos resulta no aparecimento do lodo, e agora em quantidade razoável. Diferentes entidades de pesquisa científica tem congregado esforços para estabelecerem-se limites, manejos, dimensões para os elementos potencialmente poluidores do agroecossistema, bem como para patógenos indesejáveis. Assim, já aparecem conclusões, ainda que parciais, de estudos sobre as reações do lodo no solo; a liberação e a absorção de metais pesados; a dinâmica do nitrogênio e do fósforo; os efeitos na micro e macroflora do solo; o quanto perdurável são os organismos patogênicos no solo; e como podem entrar na cadeia alimentar.
Para discutir o assunto, o IAC vai realizar em 19 e 20 de maio, em Campinas, o workshop Uso agrícola de lodo de esgoto: avaliação após a resolução CONAMA. Segundo Camargo, o objetivo do evento é fazer um levantamento do estado da arte em pesquisas com lodo de esgoto no Brasil; avaliar os problemas encontrados na aplicação da norma CONAMA 375 de 2006, do Conselho Nacional do Meio Ambiente; e identificar as demandas de estudo.
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